Durante a sessão de votação da admissibilidade do pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (11), o
líder da oposição no Senado, José Agripino (RN), disse que “não será
conivente com os crimes praticados pela chefe do Executivo” e que “o
afastamento de Dilma é o único caminho para colocar o país de volta aos
trilhos”. “Vou votar, com toda consciência e por questões de ordem
legal e política, a favor do impeachment. É a única oportunidade que
temos para ter um governo novo, com melhores condições”, destacou o parlamentar.
Para exemplificar a gravidade das “pedaladas fiscais“ para
as contas públicas do país, o senador lembrou o fechamento de 23 bancos
estaduais, incluindo o BANDERN, na década de 90 exatamente porque os
governos “pegavam dinheiro emprestado” para pagar suas dívidas.
Para “corrigir” essa brecha, Agripino lembrou que, em 2000, o
governo Fernando Henrique Cardoso aprovou a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF) – período em que o senador era presidente da Comissão de
Constituição e Justiça. Sobre as “pedaladas” praticadas pelo governo
Dilma Rousseff, o parlamentar afirmou que a presidente cometeu crime de
responsabilidade porque feriu não somente a LRF, mas a Constituição
Federal e a Lei 1.079/50.
“Não há dúvidas de que as pedaladas estão diretamente
ligadas ao mau trato com o orçamento público e que para ganhar a eleição
Dilma cometeu o pecado maior que foi enlamear a Petrobras e o sistema
elétrico brasileiro”.
Em relação a um futuro governo Temer, Agripino disse que a
nova gestão enfrentará problemas deixados por 13 anos de gestão petista,
mas que, com o apoio público, é possível mudar esse quadro “O novo
governo vai enfrentar uma pedreira de erros da administração do PT. Mas,
com o apoio dos partidos políticos que têm compromisso com a sociedade e
que sabem ouvir a voz das ruas, será possível mudar esse quadro de
estagnação que o PT colocou o país. Apoiar o impeachment é cumprir a lei e fazer a vontade do povo”, finalizou.
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