O presidente do Senado, Renan Calheiros (C), divulgou as regras e procedimentos a serem seguidos na sessão extraordinária que irá votar o impeachment da presidente da República
A sessão extraordinária para votar a instauração do processo de
impedimento da presidente da República, Dilma Rousseff, começa às 9h
desta quarta-feira (11). Os oradores inscritos, contra e a favor do
parecer da Comissão Especial do Impeachment, falarão alternadamente por
até 15 minutos cada um e apenas uma vez. Não será permitida orientação
da bancada pelos líderes e também não serão permitidos apartes.
— Como esse é um julgamento, qualquer orientação de líderes ajudaria a
partidarizar o assunto, o que não é bom que aconteça — ponderou o
presidente do Senado, Renan Calheiros.
Até o início da noite desta terça-feira (10) já estavam inscritos 65 parlamentares. Como cada senador terá 10 minutos para discutir e mais cinco minutos para encaminhar o voto, a
expectativa é de que sejam mais de 15 horas de sessão, dividida em três
blocos: de 9h às 12h; das 13h às 18h; e das 19h até o termino da
votação.
Renan advertiu os senadores sobre a impossibilidade de eles falarem
mais do que o tempo determinado, pois os microfones das duas tribunas
desligarão automaticamente ao final dos 15 minutos.
— Para permitir um melhor planejamento de cada senador e de
cada senadora, eu vou comunicar quando estiverem faltando dois minutos e
quando estiver faltando um minuto para permitir uma sintetização, um
arremate da intervenção de cada parlamentar — explicou.
Ao final das inscrições, o relator da Comissão Especial,
Antonio Anastasia (PSDB-MG), usará a palavra por 15 minutos. Em
seguida, falará o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que defende Dilma, também por 15 minutos.
Finalmente, a votação será aberta no painel eletrônico. Para ser
aprovado, o relatório precisa da maioria simples (metade mais um),
presentes pelo menos 41 senadores. Renan Calheiros não quis antecipar o
prazo para a notificação da presidente Dilma Rousseff, caso a decisão do
Plenário seja pelo seu afastamento.
— Isso não está definido. A citação, se for o caso, será feita pelo 1º secretário — enfatizou.
Michel Temer
Renan Calheiros também afirmou que pretende ter com Michel Temer,
caso este assuma a Presidência da República, a mesma relação que possui
atualmente com Dilma Rousseff, “de muita independência, mas
especialmente de harmonia”.
— Meu papel como presidente do Congresso é conversar com todos os
atores, ajudar a dirimir dúvidas, levar informações. Com bom senso, com
responsabilidade e equilíbrio, encaminhar o desfecho para a situação de
impasse que está apavorando o Brasil — afirmou.
Fonte: Portal do Senado Federal
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