O
presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), lamentou que o
Senado Federal tenha mantido, nesta quarta-feira (31), por 42 votos a
favor, 36 contra e três abstenções, os direitos políticos da agora
ex-presidente Dilma Rousseff. Eram necessários 54 votos favoráveis para
que a petista ficasse inabilitada para exercer função pública. Para o
parlamentar pelo Rio Grande do Norte, os votos que favoreceram Dilma
nada mais foram do que uma espécie de “dízimo” pago por aqueles que
mantinham uma relação com o governo do PT.
“Algumas pessoas pagaram um dízimo da relação pretérita que tinham com o governo que acabou”, destacou. “A
sociedade esperava que o fato fosse apreciado e os culpados fossem
punidos por inteiro. Não dá para entender que um prefeito ou um
governador, que aja de maneira semelhante, perca o mandato e os direitos
políticos, mas a presidente da República, por razões que o Senado
definiu, só perde o mandato e não os direitos políticos”, acrescentou.
Por
61 votos a favor e 20 contra, Dilma Rousseff teve seu mandato cassado
pelo Congresso. Assume agora em caráter definitivo o presidente Michel
Temer. Questionado se a manutenção dos direitos de Dilma pelo Senado
deixa a base do governo Temer rachada, Agripino acredita que não, mas
ressalta que o episódio foi, no mínimo, desagradável. “O que não pode é
que essa manifestação de hoje contamine a base aliada porque isso vai
prejudicar o interesse do país”.
Sobre o discurso da presidente Dilma após ser afastada definitivamente do cargo, Agripino concluiu: "Golpe
e vítima? Parece que a ex-presidente insiste em se autoenganar. Ela
precisa acordar e perceber que foi destituída pelo voto de 75% dos
senadores. O resto é lamúria de derrotada".
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