30 agosto 2016

Agripino questiona Dilma por que ela ignorou alertas do TCU e do Tesouro Nacional sobre ajuste fiscal




O presidente do DEM criticou ainda o fato de Dilma se esquivar e não responder as perguntas


Durante sessão no Senado para ouvir a presidente afastada Dilma Rousseff, na noite desta segunda-feira (29), o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), quis saber por que a petista descumpriu os alertas do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) sobre a situação fiscal e econômica do país. “Vossa Excelência usou das pedaladas fiscais como alternativa por causa da escassez de recursos, mesmo diante dos avisos do que estaria por vir”, frisou Agripino.

Citando dados do Banco Central, o parlamentar pelo Rio Grande do Norte mostrou a evolução das pedaladas fiscais durante a gestão Dilma. Em 2011, foram R$ 10 bilhões (0,2% do PIB); 2012, R$ 15 bilhões (0,3% do PIB); 2013, R$ 30 bilhões (0,5% do PIB); 2014; R$ 55 bilhões (0,9% do PIB); e 2015, R$ 60 bilhões (1% do PIB).

O presidente nacional do DEM citou ainda relatório emitido por técnicos da Secretaria Tesouro Nacional que alertaram de que o governo Dilma, desde 2013, estava maquiando as contas públicas. “A contínua expansão fiscal, na ausência de correções, afeta a credibilidade da política econômica”, dizia o relatório. “Ou seja, era sinal amarelo aceso de que as contas públicas não iam bem”, destacou José Agripino.

Em sua fala, Dilma negou a prática de pedaladas e não respondeu diretamente os questionamentos do senador. “Se o formato deste questionamento envolvesse a réplica, a presidente Dilma ia sair muito complicada desta audiência. Porque, quando se pergunta uma coisa, ela responde outra e não responde as questões fundamentais. Se você, na réplica, questiona o ponto direto e Dilma não tem resposta para dar, ela, ao invés de convencer, iria desconvencer”, concluiu.
 
 

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