O presidente do DEM criticou ainda o fato de Dilma se esquivar e não responder as perguntas
Durante
sessão no Senado para ouvir a presidente afastada Dilma Rousseff, na
noite desta segunda-feira (29), o presidente nacional do Democratas,
José Agripino (RN), quis saber por que a petista descumpriu os alertas
do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Secretaria do Tesouro Nacional
(STN) sobre a situação fiscal e econômica do país. “Vossa Excelência
usou das pedaladas fiscais como alternativa por causa da escassez de
recursos, mesmo diante dos avisos do que estaria por vir”, frisou Agripino.
Citando
dados do Banco Central, o parlamentar pelo Rio Grande do Norte mostrou a
evolução das pedaladas fiscais durante a gestão Dilma. Em 2011, foram
R$ 10 bilhões (0,2% do PIB); 2012, R$ 15 bilhões (0,3% do PIB); 2013, R$
30 bilhões (0,5% do PIB); 2014; R$ 55 bilhões (0,9% do PIB); e 2015, R$
60 bilhões (1% do PIB).
O
presidente nacional do DEM citou ainda relatório emitido por técnicos
da Secretaria Tesouro Nacional que alertaram de que o governo Dilma,
desde 2013, estava maquiando as contas públicas. “A contínua expansão
fiscal, na ausência de correções, afeta a credibilidade da política
econômica”, dizia o relatório. “Ou seja, era sinal amarelo aceso de que
as contas públicas não iam bem”, destacou José Agripino.
Em sua fala, Dilma negou a prática de pedaladas e não respondeu diretamente os questionamentos do senador. “Se
o formato deste questionamento envolvesse a réplica, a presidente Dilma
ia sair muito complicada desta audiência. Porque, quando se pergunta
uma coisa, ela responde outra e não responde as questões fundamentais.
Se você, na réplica, questiona o ponto direto e Dilma não tem resposta
para dar, ela, ao invés de convencer, iria desconvencer”, concluiu.
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