Assista aqui a entrevista completa concedida pelo deputado federal Rogério Marinho a TV 45
A
presidente afastada Dilma Rousseff (PT) discursou na manhã desta
segunda-feira (29) no Senado, durante a sessão definitiva sobre o seu
processo de impeachment. Presente no plenário da Casa durante as
palavras da petista, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) disse que
o “sentimento é de frustração” após o discurso. Para o tucano, não foi
dada nenhuma explicação para os erros cometidos, assim como nenhum
pedido de desculpas foi feito a nação.
Ainda
de acordo com Rogério Marinho, Dilma Rousseff faltou com a verdade ao
falar do seu passado distante. “Ela começa mentindo, dizendo que lutou
pela democracia, quando, na verdade, ela fazia parte de uma organização
terrorista que defendia pela luta armada a ditadura do proletariado. Ela
nunca lutou pela democracia do país”, disse o parlamentar.
Segundo
o deputado, o “PT institucionalizou a corrupção. Pela primeira vez um
partido tem três tesoureiros presos, todos acusados de corrupção, de
achaque, de chantagem com empresas que tinham obras no governo federal.
Se recebia propina não para indivíduos, mas para um partido político
inteiro. Havia um projeto sofisticado de perpetuação do poder bancado
pela própria sociedade, promovido por um partido que se elegeu sob a
égide da ética, mas que era muito pior do que acusava os demais”.
O
tucano lamentou que Dilma não tenha aproveitado a oportunidade do seu
discurso para pedir desculpas aos brasileiros. “Nenhuma palavra de
mea-culpa, de desculpas a nação, pelo desgoverno, equívocos cometidos,
pela arrogância no trato com a coisa pública, pela falência das nossas
maiores empresas como a Petrobras, o sistema elétrico brasileiro, pelos
milhões de desempregados, pelo caos social que o país mergulhou,
problemas causados com a alavancagem dos programas na educação, onde
milhares de estudantes ficaram sem condições de ter o financiamento na
universidade ou cursos técnicos do Pronatec, tudo em função de uma
decisão eleitoreira. Porque havia um projeto de perpetuação do poder,
não de país”.
Rogério
Marinho enfatizou também o fato de todo o processo de impeachment
obedecer as regras estabelecidas pelo STF, tendo esta sessão principal,
inclusive, presidida pelo ministro Ricardo Lewandowski. “Há uma
consolidação da nossa democracia, se deu amplo direito de defesa a
presidente afastada”, completou.
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