G1 RN – O “maior desvio de recursos públicos que se
tem notícia na história do Rio Grande do Norte” é superior ao que se
havia apurado anteriormente. Um relatório elaborado pelo Tribunal de
Contas do Estado (TCE) aponta que foram desviados R$ 34.943.970,95 do
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN)
entre os anos de 2011 e 2015. Um levantamento feito pelo Ministério
Público chegou a R$ 19 milhões desviados, isso no período de 2013 a
2014. Essa apuração do MP culminou na deflagração da Operação Candeeiro,
em 2 de setembro do ano passado.
A expressão “maior desvio de recursos públicos que se tem notícia na
história do Rio Grande do Norte” foi usada 16 vezes pelo juiz Guilherme
Newton Pinto, da 6ª Vara Criminal, na sentença condenatória do processo
da Operação Candeeiro. O juiz se referia aos R$ 19.321.726,13 levantados
pelo MP, “dinheiro esse que deixou de se destinar ao bem-estar da
população em geral, sobretudo em um Estado pobre”, citou ele na sentença
condenatória proferida em 25 de abril passado.
Agora, o relatório de 298 páginas elaborado pela comissão de
auditoria do TCE a pedido do MP aponta quase R$ 35 milhões desviados. O
documento foi obtido com exclusividade pelo G1. Segundo os cinco
inspetores de Controle Externo que assinam o documento, o objetivo foi
analisar dados do Idema “nos sistemas de informação de controle e nos
dados eventualmente fornecidos por instituições financeiras, sobretudo
as movimentações bancárias havidas nas contas de titularidade do órgão e
não registradas no SIAF/RN, atinente aos exercícios financeiros 2011 a
2015, na tentativa de apurar eventuais irregularidades perpetradas”. O
SIAF/RN é o Sistema Integrado de Administração Financeira, vinculado à
Secretaria de Planejamento e Finanças do Governo do Estado.
O relatório de auditoria 116/2016 revela que, ao todo, foram
efetuados 907 pagamentos irregulares com dinheiro proveniente de contas
do Idema. Esses pagamentos foram feitos a pessoas físicas e pessoas
jurídicas no período compreendido entre 19 de outubro de 2011 e 7 de
janeiro de 2015. Os responsáveis pela fraude movimentavam cinco contas
bancárias, intituladas conforme sua destinação como “Arrecadação APA
Bonfim Guaraíra”, “Taxas – Arrecadação Ambiental”, “Arrecadação APA
Jenipabu”, “Arrecadação de Taxas Ambientais” e “Manutenção e
Funcionamento”.
Fonte Blog de Robson Pires
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