A categoria empresarial ainda não consegue prever os impactos
financeiros das medidas, caso as propostas desenhadas no Congresso entrem em
vigor, mas estimam que haja alívio para as organizações que ainda sofrem com os
efeitos da crise e que novas vagas de trabalho serão abertas com essa
atualização, ajudando a reduzir o número de desempregados que já alcança, de
acordo com dados do IBGE, mais de 13 milhões de brasileiros.
Para o presidente da Federação das Indústrias Marcos Guerra, ainda é
prematuro fazer cálculos sobre as mudanças nas economias das empresas, mas ele
acredita que será a oportunidade de se criar um novo modelo de relação entre
capital e trabalho. “Haverá mais segurança jurídica. A pessoa poderá trabalhar
em casa, discutir a forma que vai organizar seus descansos com o empregador.
Serão formadas alternativas boas tanto para as empresas quanto para os
funcionários”, opina ao acrescentar ainda que a flexibilização será essencial
para a retomada do país.
Do lado
oposto às reformas nas legislações trabalhistas, os trabalhadores acreditam que
as novas regras vão trazer novamente o regime de escravidão ao Brasil. “Na
verdade, o que o governo quer é voltar para os anos 1.800, quando não existia
nenhuma lei para proteger o trabalhador e legitimar o trabalho precário”,
critica o sindicalista, Jasseir Alves Fernandes, presidente da Central Única
dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT/ES).
Segundo
ele, a reforma trabalhista, assim como a PEC que muda a Previdência, estão
sendo conduzidas por parlamentares moralmente impedidos para os processos que
vão mudar a vida de todo a população. “Estamos falando de gente que está
inadimplente com os encargos trabalhistas e que está devendo uma fortuna à
Previdência. São sonegadores que querem reformular as leis”, rebate.
Em
todo o país, as categorias estão se posicionando fortemente contra a
modernização da legislação trabalhista. Um dos argumentos para tentar barrar a
aprovação é o possível aumento da desigualdade social. “O que vai acontecer é
que seremos um país rico, gerando grandes riquezas, mas com uma população
pobre”, diz Fernandes.
Para
ele, as novas regras vão promover um desmonte nos direitos dos trabalhadores.
“Não podemos aceitar isso. Na mobilização de sexta vamos tentar atrair mais
trabalhadores para protestar contra essa injustiça que está em andamento”.
Partes do texto da GAZETA ON LINE
Nenhum comentário:
Postar um comentário