29 abril 2017

Empresários e trabalhadores tem visões diferentes


A categoria empresarial ainda não consegue prever os impactos financeiros das medidas, caso as propostas desenhadas no Congresso entrem em vigor, mas estimam que haja alívio para as organizações que ainda sofrem com os efeitos da crise e que novas vagas de trabalho serão abertas com essa atualização, ajudando a reduzir o número de desempregados que já alcança, de acordo com dados do IBGE, mais de 13 milhões de brasileiros.

Para o presidente da Federação das Indústrias Marcos Guerra, ainda é prematuro fazer cálculos sobre as mudanças nas economias das empresas, mas ele acredita que será a oportunidade de se criar um novo modelo de relação entre capital e trabalho. “Haverá mais segurança jurídica. A pessoa poderá trabalhar em casa, discutir a forma que vai organizar seus descansos com o empregador. Serão formadas alternativas boas tanto para as empresas quanto para os funcionários”, opina ao acrescentar ainda que a flexibilização será essencial para a retomada do país.

Do lado oposto às reformas nas legislações trabalhistas, os trabalhadores acreditam que as novas regras vão trazer novamente o regime de escravidão ao Brasil. “Na verdade, o que o governo quer é voltar para os anos 1.800, quando não existia nenhuma lei para proteger o trabalhador e legitimar o trabalho precário”, critica o sindicalista, Jasseir Alves Fernandes, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT/ES).
Segundo ele, a reforma trabalhista, assim como a PEC que muda a Previdência, estão sendo conduzidas por parlamentares moralmente impedidos para os processos que vão mudar a vida de todo a população. “Estamos falando de gente que está inadimplente com os encargos trabalhistas e que está devendo uma fortuna à Previdência. São sonegadores que querem reformular as leis”, rebate.
Em todo o país, as categorias estão se posicionando fortemente contra a modernização da legislação trabalhista. Um dos argumentos para tentar barrar a aprovação é o possível aumento da desigualdade social. “O que vai acontecer é que seremos um país rico, gerando grandes riquezas, mas com uma população pobre”, diz Fernandes.

Para ele, as novas regras vão promover um desmonte nos direitos dos trabalhadores. “Não podemos aceitar isso. Na mobilização de sexta vamos tentar atrair mais trabalhadores para protestar contra essa injustiça que está em andamento”.

Partes do texto da GAZETA ON LINE

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