Os
fatos ocorridos durante os últimos dias são muito graves. Devem ser
apurados com todo o rigor da lei e dentro dos limites civilizatórios do
estado de direito. A Nação não pode transigir com corrupção,
desonestidade e improbidade. O caminho para um bom termo é o da
responsabilização de todos que forem efetivamente culpados, seguindo os
ditames de nossa lei maior, a Constituição da República.
Se
os fatos apurados demonstrarem que houve prevaricação ou corrupção por
parte do presidente da República, deve-se observar o rito constitucional
para a sua substituição. Caso comprovadas as acusações ao senador
Aécio Neves, apoiamos que a Justiça possa ser aplicada.
Por
hora, não podemos furtar-nos em denunciar como prejudicial ao Brasil e
favorável aos criminosos o acordo costurado pelo Ministério Público com
os delatores da JBS. Trata-se de uma empresa que assaltou a Nação em
conluio com os poderosos de plantão. Seus donos estão livres depois de
praticar toda sorte de crimes, alguns de lesa-pátria. A impressão é de
que a impunidade prevaleceu e o crime compensa para alguns. É preciso,
na forma da lei, rever esse estranho acordo.
Por
outro lado, o PSDB necessita ter coragem e cortar na própria carne. É
preciso ampla apuração de tudo o que ocorreu para que o partido possa se
reapresentar ao eleitorado brasileiro sob o manto de padrões éticos
rigorosos. Entretanto, somente isso não basta. Ser honesto é obrigação! É
preciso vislumbrar uma agenda de construção de um Brasil melhor, mais
produtivo, em progresso; lutar por medidas que possam fazer a Nação
crescer em bases sustentáveis.
É
imperativo que o PSDB discuta uma agenda ampla e profunda capaz de nos
tirar do atoleiro. A agenda deveria ser o de uma consistente defesa do
estado necessário, não paquidérmico, autoritário e interventor. Pregar e
aplicar uma nova gestão, marcada pela austeridade e pela
responsabilidade institucional. A valorização do mérito, da liberdade
individual e de mercado devem mover o combate ao aparelhamento das
instituições, ao atávico patrimonialismo, ao corporativismo de
privilégios, marcas nefastas que caracterizaram o projeto de poder
exercido pelo PT e seus aliados.
Mais
do que nunca é preciso ter serenidade e espírito público para enfrentar
as adversidades e a fúria de uma oposição que não se conformou em
perder o poder. O interesse maior a ser defendido é o do povo brasileiro
e seus clamores por paz, progresso e superação. Devemos mirar a volta
do crescimento e da geração de empregos. Devemos fazer avançar as
reformas trabalhista e previdenciária que tramitam no Congresso.
Hoje,
os métodos petistas e de seus tentáculos foram expostos. A mentira e o
terrorismo foram postos em prática por facções esquerdistas da CUT,
Força Sindical, do PT e parceiros, do MST, MSTS e outros. Ficou
absolutamente clara a necessidade urgente de findar com a
obrigatoriedade do imposto sindical, constante na reforma trabalhista.
Nas
ruas de Brasília, espalharam violência e depredação, invadiram
ministérios e tocaram fogo no patrimônio público. No plenário da Câmara,
deputados do PT, PSOL, PCdoB invadiram a mesa diretora e tentaram
barrar os trabalhos em obstrução insana. Querem o caos! Agem como
fascistas!
Não
podemos ceder ao caos político, ao imobilismo, aos privilégios e aos
anacronismos pregados e praticados por uma oposição desqualificada, que
aposta no quanto pior melhor. A oceânica hipocrisia do PT e do PCdoB
necessita ser desvelada. Muitos de seus membros foram arrolados nessa
delação de dirigentes da JBS e em dezenas de outras delações. Pesam
sobre eles acusações de todas as ordens.
Com
imensa desfaçatez, a oposição segue implementando todos os meios para
paralisar o Brasil. Não estão interessados no bem-estar do povo. Estão
interessados em encontrar salvo-conduto para o ex-presidente Lula,
tentando um verdadeiro golpe com eleições diretas, algo absolutamente
inconveniente e em flagrante desrespeito à Constituição. A ironia dessa
torpe manipulação é de que Lula está em vias de ser encarcerado. Eles
lutam contra o tempo; quanto mais confusão criarem melhor para o
objetivo de salvar o líder combalido por seus próprios atos.
Afirmamos
que não há salvadores da pátria. Qualquer solução para o atual impasse
político deverá nascer de consensos mínimos capazes de construir
condições necessárias para que possamos voltar a crescer e a gerar
empregos. O maior prejudicado com a crise é o cidadão mais frágil,
desempregado, que vê seus esforços não serem recompensados; é o pagador
de impostos que convive com o desperdício do seu dinheiro e com péssimos
serviços públicos.
Reafirmo
nossa defesa da Constituição brasileira, das garantias individuais e do
estado de direito. Esse arcabouço nos separa da barbárie, do
totalitarismo, dos atalhos inconstitucionais, da conveniência sorrateira
e do populismo fiscal e político. Vamos ter responsabilidade com o país
em médio e longo prazo, mesmo que isto seja impopular no momento.
Precisamos pensar no Brasil para os nossos filhos e netos; e no legado
que iremos deixar para o país.
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