O
presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), disse que jamais
votaria a favor da reforma trabalhista se ela retirasse um benefício
sequer de qualquer cidadão brasileiro. A declaração foi dada nesta
quarta-feira (5), durante a discussão do projeto no Senado. A previsão é
de que o texto final da reforma seja votado na próxima terça-feira
(11). “A reforma não retira benefício de ninguém. Aliás, se ela
retirasse um direito sequer de qualquer pessoa, eu não votaria a favor”, destacou o parlamentar pelo Rio Grande do Norte.
Durante
seu discurso, Agripino frisou a necessidade de modernizar a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada na década de 40. “A
CLT é um instrumento perfeito e acabado? Não. Tanto que no Brasil
existem 3,9 milhões de ações trabalhistas, enquanto que na Alemanha são
590 mil, e na Itália, 305 mil. Ou seja, se há esse tanto de
questionamento no Brasil, é porque algo precisa ser feito e alterado”, afirmou Agripino.
O
senador citou o exemplo da Fábrica de Guararapes, do Grupo Riachuelo,
no Rio Grande do Norte. Segundo o senador, havia uma série de
ramificações da fábrica espalhadas pelo estado, mas, devido à
insegurança jurídica, elas foram fechando as portas e seguiram para
países vizinhos, como o Paraguai. “Como se corrige isso? Com a
modernização das leis trabalhistas para que se estimule a criação de
empregos e, assim, o país volte a produzir e crescer”, frisou o presidente nacional do DEM.
O
senador voltou a garantir que jamais apoiaria um projeto que
prejudicasse o trabalhador brasileiro e criticou a tentativa da oposição
de tentar “demonizar” uma reforma que traz benefícios ao país. “Em
nome dos empregos que serão criados no meu estado e em todo o país, em
nome da perspectiva da retomada do crescimento e da manutenção de
direitos, eu voto sim ao projeto”, finalizou o parlamentar.
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