A condenação, por unanimidade, em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde (24), em Porto Alegre, dividiu a opinião de lideranças políticas. Lula foi condenado a 12 anos e um mês, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o triplex localizado no Guarujá (SP).
Rodrigo Maia - presidente da Câmara dos Deputados e presidente da República em exercício
Para o presidente da Câmara e presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), o resultado do julgamento “deixa claro que o Brasil é uma democracia madura onde as instituições funcionam plenamente”. Segundo ele, “toda e qualquer manifestação em relação à sentença proferida hoje, em Porto Alegre, deve respeitar a ordem institucional. Tenho certeza que o Brasil seguirá pacificamente rumo à superação”.
Por meio de nota, Maia disse que combateu, no campo político, as teses defendidas por Lula. No entanto, evitou comemorar o julgamento e afirmou que “quem tem responsabilidade pública, em qualquer Nação, não pode estar celebrando o dia de hoje”. Maia está como presidente em exercício do país, enquanto Michel Temer participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Durante o julgamento mais cedo, o presidente Michel Temer disse, na Suíça, que é preciso aguardar a decisão final. "Não sei se tem recurso, não tem recurso. Esta é uma questão que cabe à Justiça e, no particular, ao Tribunal Regional Federal de Porto Alegre”, disse ao deixar o hotel em que está hospedado.
Gleisi Hoffman - presidente do PT
Já a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), criticou a decisão dos três desembargadores do TRF4, que não só mantiveram a decisão do juiz Sérgio Moro, como aumentaram a pena imposta ao ex-presidente. “O resultado do julgamento do recurso da defesa de Lula, no TRF-4, com votos claramente combinados dos três desembargadores, configura uma farsa judicial”, lamentou.
Para a senadora, a decisão marca o início de uma luta judicial para assegurar a candidatura à presidência de Lula. “Não vamos aceitar passivamente que a democracia e a vontade da maioria sejam mais uma vez desrespeitadas. Vamos lutar em defesa da democracia em todas as instâncias, na Justiça e principalmente nas ruas. Vamos confirmar a candidatura de Lula na convenção partidária e registrá-la em 15 de agosto, seguindo rigorosamente o que assegura a Legislação eleitoral”, afirmou, por meio de nota.
EBC
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