19 agosto 2019

Dados do PIB podem confirmar recessão e deixam Planalto apreensivo

O Palácio do Planalto está apreensivo em relação ao próximo dia 29, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre deste ano. Diante de indicadores ruins, há possibilidade de que o país volte para uma recessão técnica, com queda de até mais de 0,3% em comparação com os três meses anteriores. A notícia pode exigir do governo  mais celeridade para tirar a economia do buraco.

Nesse caso, a recessão técnica ocorreria porque o PIB do país recuou 0,2% no primeiro trimestre do ano, frente ao 4º trimestre de 2018. Duas taxas trimestrais negativas consecutivas nessa base de comparação resultam nessa classificação indesejada. Até os mais otimistas dos economistas, que preveem que a atividade econômica subirá 0,3% no segundo trimestre, não descartam a possibilidade de retração da economia entre abril e junho.

Do ponto de vista político, o país de volta à recessão não soa nada bem e reforça o argumento da oposição de que o governo não apresentou medidas para estimular o consumo e o emprego na primeira metade do ano. Do lado técnico, a taxa será um detalhe estatístico que reflete a estagnação da economia.

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Sob grande expectativa de mudança, o mercado aposta no ministro da Economia, Paulo Guedes. A prioridade da equipe econômica é conseguir aprovar a reforma da Previdência que avança no Congresso Nacional. O texto passou na Câmara com ampla margem para o governo e em grandes chances de ter o aval do Senado até outubro. Mas ainda resta uma ampla agenda para destravar a atividade econômica que continua pendente. Parte dos economistas esperam que a liberação dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep, que podem chegar a R$ 30 bilhões neste ano, ajudem a melhorar os indicadores setoriais, que ainda não apresentam recuperação forte.

Correio Brasiliense 

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