25 dezembro 2020

Rio Grande do Norte tem 72 localidades enquadradas como prioritárias para ações de erradicação do carro-pipa

Com o objetivo de reduzir e erradicar a dependência do abastecimento por meio de carros-pipa, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) estabeleceu 72 localidades em 47 municípios do Rio Grande do Norte como prioritárias nos investimentos em ações estruturantes de segurança hídrica, como perfuração de poços e implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água, cisternas e dessalinizadores do Programa Água Doce.

Nesta quinta-feira (24), foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria que define 939 localidades prioritárias em 319 municípios de 9 estados do País. Este é o passo inicial para otimizar os investimentos em medidas que ampliem a oferta de água executadas pela Pasta e seus órgãos vinculados – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Companhia Nacional de Desenvolvimento dos Vales do Parnaíba e São Francisco (Codevasf).

Segundo o ministro Rogério Marinho, o plano é criar fontes de abastecimento para a população que possibilitem oferta de água em quantidade e qualidade. “Essa priorização das localidades que receberão as obras do nosso Ministério e órgãos vinculados é o passo inicial de um plano para concentrar esforços, otimizar investimentos e gerar resultados mais eficazes, permitindo que um dia seja possível a erradicação do carro-pipa”, explica.

O mapeamento utilizou dois critérios principais: os pontos da Operação Carro-Pipa que atendem o maior número de pessoas, considerando o agrupamento dos pontos em um raio de 500 metros; e a incidência com que essas localidades necessitaram de carro-pipa nos últimos 36 meses, o que as coloca num nível de alta dependência do serviço emergencial. As 72 localidades potiguares prioritárias concentram 50,4 mil pessoas.

Em 2021, o MDR pretende lançar, ainda, um edital para buscar soluções inovadoras com foco na entrega de água no semiárido rural. A ideia é prospectar novas tecnologias para lidar com o desafio da entrega de água nessas comunidades atualmente dependentes da Operação Carro-Pipa.

Além de ter um custo altíssimo à União – já foram desembolsados mais de R$ 5,7 bilhões desde 2013 -, o abastecimento por meio de carros-pipa é uma medida paliativa que não consegue garantir a qualidade da água e nem a quantidade ideal para a população. “A água é o fio condutor do desenvolvimento e da vida. Garantir segurança hídrica é o principal caminho para emancipar e promover as condições de desenvolver as regiões que sofrem com a seca no Nordeste”, ressalta o ministro.

Em 2020, o MDR e os órgãos vinculados entregaram 2,4 mil obras e equipamentos para ampliar a oferta de água, entre sistemas de abastecimento, adutoras, microssistemas, dessalinizadores, barragens, açudes e perfuração de poços. “Somente quem não tem água na torneira, quem depende de carro-pipa, conhece a dificuldade de não ter esse bem tão precioso e fundamental para a saúde, para a vida. Não há felicidade maior do que ver a alegria das pessoas com a chegada da água em suas casas”, complementa Marinho.

Operação Carro-Pipa

A Operação Carro-Pipa Federal é uma ação emergencial voltada a atender a população que sofre com a seca nas áreas rurais. Apesar de existir desde 1998, foi a partir de 2012 que começou a executada, por meio de acordo de cooperação entre o a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MDR) e o Exército Brasileiro (Ministério da Defesa).

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Fonte: Blog de Heitor Gregório




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