Gente, boa tarde. Ontem eu fui surpreendido com a morte do nosso amigo e estimado Euzébio Martins de Negreiros, carinhosamente conhecido por todos nós como Senador, uma pessoa elegante, de fino trato. Senador foi amante da cultura do nosso sertão, da prosa e trova matutas, do repetente e do bom martelo agalopado. Na política, foi amigo fiel e correligionário do líder político Geraldo Gomes de Oliveira. Na Justiça, admirava a instituição do Tribunal do Júri, onde se faz do exercício da palavra instrumento para se alcançar a liberdade do próximo. E eu tive a honra de contar com a presença de Senador na quase totalidade dos Júris que eu participei como advogado e nas poucas vezes que atuei como assistente da acusação. E foi a minha palavra da tribuna de defesa, no Tribunal de Justiça, que se fez verbo para obter como de fato obtive a confirmação, em grau de apelação interposta pelo Ministério Público, da absolvição de um dos seus filhos de uma acusação injusta. E quando Senador me via e se lembrava desse nosso feito, enchia os seus olhos de lágrimas, pois ele me dizia, na sua simplicidade, que a palavra bem empregada forma e promove homens e mulheres de boa vontade. E, assim, fizemos uma amizade por mais de trinta anos, que fez escorrer lágrimas dos meus olhos por sua passagem à Espiritualidade de Luz. E é com essas imagens serenas de Senador que eu quero guardar o seu perfil de bom homem, leal e justo, que fez da simplicidade sua razão maior de ser. À memória de JEuzébio Martins de Negreiros - Senador -, minha reverência. À sua família, por seu desaparecimento, minha solidariedade. Fiquem com Deus. Um abraço.
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