26 maio 2023

CPI do 8 de janeiro mostra riscos para o governo federal

A escolha do comando da CPMI do 8 de janeiro, realizada na quinta-feira (25), mostrou ao Palácio do Planalto que o governo não terá maioria folgada e nem deve comandar a pauta da comissão como pensava inicialmente. Depois de semanas preparando o senador Eduardo Braga (MDB-AM) para assumir a presidência ou a relatoria, os governistas tiveram que recuar em razão de um veto de Arthur Lira (PP-AL), que se uniu ao senador Davi Alcolumbre (União-AP) para dar as cartas no colegiado.

Presidente da CPMI, Arthur Maia, ao centro, é fruto da articulação entre Arthur Lira e Alcolumbre.

Nos bastidores, o presidente da Câmara mandou avisar que não aceitaria Braga nem na presidência, onde acabou por alojar seu aliado Arthur Maia (União-BA), e nem na relatoria, posto para o qual acabou sendo eleita Eliziane Gama (PSD-MA).

O imbróglio que levou ao recuo de Braga e a escolha de eliziane foi relatado ao próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma reunião na tarde de quarta (24) no Planalto, da qual participaram os ministros da Casa Civil, Rui Costa, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e o próprio Braga.

O senador amazonense tinha sido escalado para ser o nome do governo para a comissão depois que Lira declarou seu veto ao rival Renan Calheiros (MDB-AL), senador que foi relator da CPI da Covid-19 e defendeu desde o início a instalação da CPI do 8 de janeiro.

Até a última segunda-feira, os mapas do Planalto indicavam que o governo teria pelo menos 20 votos dos 32 da CPI. Por isso os articuladores de Lula davam como certo que, se não fosse o presidente, que determina a pauta da comissão e escolhe quem deve ser convocado, Braga seria pelo menos o relator e produziria o documento final com as conclusões da investigação.

Só que desde o início da semana, deputados e senadores da base lulista procuraram os líderes do governo no congresso para informar que votariam com Lira na composição da comissão.

Fiel da balança nesse assunto por ser “dono” de três votos de senadores e deputados do União Brasil na CPMI — incluindo o seu próprio e o do presidente da CPI, Maia — Alcolumbre disse que não votaria em Braga porque já tinha assumido compromisso com Lira.

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