18 maio 2023

Queda no preço da gasolina ainda não chega a postos

No dia em que entrou em vigor a redução no preço dos combustíveis para as distribuidoras, os postos de abastecimento de combustíveis permaneceram com preços inalterados. A expectativa, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindpostos RN), Maxwell de Oliveira, é de que os valores reduzam, nos próximos dias, a partir da chegada de novas cargas de combustíveis nos postos, adquiridos após a redução e, consequentemente, por menor preço.


Postos alegam que vendem a gasolina e diesel de estoques antigos, comprados antes da redução no preço dos produtos nas refinarias.


Nesta quarta-feira (17), a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou postos nas zonas Leste e Sul da capital potiguar, onde o valor médio da gasolina era de R$ 5,69, o mesmo aplicado antes da decisão por parte da estatal. De acordo com levantamento do Procon Natal, realizado no último dia 10, o preço médio da gasolina era de 5,59. Quanto ao preço do diesel, o levantamento do órgão aponta que o combustível custavam, em média, R$ 5,73.

Segundo o presidente do Sindpostos, a decisão da Petrobras deve diminuir o preço dos combustíveis, mas ele ressaltou que há outros fatores que influenciam no preço final para os consumidores e que devem causar variações, a depender de cada estabelecimento.  Maxwell relatou que a Petrobras não é mais a única refinaria de combustíveis no país e, sem esse monopólio, o percentual de redução dos preços podem variar. "Além dela, nós temos refinarias privatizadas e também um percentual de combustíveis importados. Ou seja, o repasse da Petrobras vai compor o preço que as distribuidoras, a depender do percentual que elas adquirem da Petrobras, irão definir", disse. Maxwell ressaltou que os postos dependem dos repasses das distribuidoras para definir a média de preços.

Ainda de acordo com o presidente do Sindpostos RN, as refinarias privatizadas procuram aplicar a política de preços em concordância com o mercado internacional. Em função disso, ele afirma que elas podem mudar seus preços em um curto período. "Essas refinarias costumam fazer mudanças semanais em seus preços" relatou. 

Ele também explicou que há distribuidoras que adquirem combustíveis de diferentes refinarias, e isso também causa variações no valor final. "Cada distribuidora tem a sua cota do que é adquirido por refinaria. A quantidade vai depender de cada uma. Por exemplo, se um posto x, cujo contingente necessário para vendas é de um milhão de litros, só adquire 600 com a Petrobras, os outros 400 virão de outras refinarias, como as internacionais ou privatizadas. Antes o Brasil era auto-suficiente, mas hoje em dia não é mais", afirmou.

Ainda há outros fatores que podem influenciar a variação do preço dos combustíveis. Com relação à gasolina, o presidente do Sindpostos explicou que cada litro do combustível possui 27% de etanol. Em período entressafras, as duas usinas desta produção no RN não são suficientes. Portanto, as distribuidoras precisam recorrer à produção de outros estados, inclusive do Centro-Oeste. "O resultado desse período de escassez é que a gente precisa buscar esse complemento de fora, em outros estados. Isso acaba gerando um alto custo", explica. O empresário também afirma que o efeito pode ser semelhante no diesel, que possui 7% de biodiesel por litro. O biodiesel é mais caro e possui pouca produção no Estado.

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