13 julho 2023

Conselho denuncia sobrecarga após fechamento de hospital em Natal

O Conselho Regional de Enfermagem do Estado (Coren-RN) fez uma denúncia de sobrecarga no fluxo do Hospital Maternidade Araken Irerê Pinto após a transferência de serviços para a unidade em razão do fechamento do  Hospital Pediátrico Nivaldo Júnior, no mês passado. O Coren e o Sindsaúde afirmam que a transferência para a Araken provocou um desarranjo de fluxo, o que resultou, principalmente, em sobrecarga de trabalho. 


De acordo com o presidente do Coren no Rio Grande do Norte, Manoel Egídio, uma visita de fiscalização ao hospital maternidade identificou as complicações do fluxo de trabalho e impactos nos leitos com a chegada dos pacientes do Nivaldo Júnior. “Isso tem causado sobrecarga no pronto-socorro. A gente entende que falta uma definição de um fluxo mais eficiente para isso e para a questão de pessoal, porque houve alguns distratos contratuais com o fechamento do Nivaldo”, diz o presidente do Coren-RN.

Maternidade comporta hoje um pronto-socorro obstétrico, partos de alta e média complexidade e pediatria

Juntamente com o Sindsaúde, o Coren está fazendo um levantamento sobre o déficit de profissionais na Araken. O estudo será entregue ao Ministério Público. “Estamos cobrando a escala da gerência da unidade hospitalar para fazer esse levantamento”, afirmou Manoel Egídio, do Conselho. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Natal) não se pronunciou sobre o assunto.

De acordo com Érica Galvão, diretora do Sindsaúde, os problemas no  Hospital Maternidade Araken Irerê Pinto se aprofundaram com a chegada da demanda do Hospital Nivaldo Júnior.  Há acúmulo de serviços, problemas de infecção cruzada e um cenário caótico por falta de mão de obra”, denuncia. 

Segundo Galvão, a unidade comporta hoje um pronto-socorro obstétrico, uma maternidade para partos de média e alta complexidade, maternidade clínica (onde ficam as parturientes), pronto socorro ortopédico (herdado do antigo Hospital Municipal),  além de internação clínica pediátrica de baixa, média e alta complexidade. A alta demanda, afirma, respinga em outro problema: a falta de mão de obra.

“A gente ainda não tem dados sobre o déficit de profissionais, porque estamos fazendo o levantamento. De forma incipiente, a gente sabe que tem técnico de enfermagem que fica com até oito pacientes por plantão. O ideal, de acordo com uma resolução do Cofen [Conselho Federal de Enfermagem] é que o técnico fique com dois pacientes [por plantão]”, explica Érica Galvão.

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