14 novembro 2023

Governo Lula tem reuniões com a “Dama do Tráfico”

 

Luciene Barbosa se reuniu com Rafael Velasco Brandani, da Secretaria Nacional de Políticas Penais - Foto: Reprodução

Assessores do ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, receberam dentro do prédio da pasta uma integrante do Comando Vermelho. Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico amazonense” esteve em audiência com dois secretários e dois diretores do órgão em um período de três meses. Ela é casada desde 2012 com Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, um dos líderes da facção criminosa no Amazonas. Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.


“Tio Patinhas” cumpre 31 anos no presídio de Tefé. Luciane foi condenada a 10 anos, mas recorre em liberdade. O caso foi revelado na segunda-feira, 13, pelo jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, Luciane esteve inicialmente no MJSP no dia 19 de março com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino. No dia 2 de maio, a “dama do tráfico” se reuniu com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) – Luciane representava a Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA) na agenda com Velasco. A ILA, segundo reportagem do Estadão, é financiada com dinheiro do tráfico.

  • Deputado Guilherme Boulos se reúne com “Dama do tráfico amazonense.
  • Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública confirma a presença de Luciane na pasta, mas afirma que ela integrava uma comitiva e que era “impossível” que o setor de inteligência do MJSP detectar previamente a presença dela.


    “No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da ANACRIM (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas. A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes. Por não se tratar de assunto da pasta, a ANACRIM, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A agenda na Senappen e da ANACRIM aconteceu no dia 2 de maio, quando foram apresentadas reivindicações da ANACRIM. Não houve qualquer outro andamento do tema. Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidades de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota. Todas as pessoas que entram no MJSP passam por cadastro na recepção e detector de metais”, diz a íntegra da nota divulgada pelo órgão.

  • Leia Mais no Portal da Tribuna do Norte, VEJA AQUI.


Nenhum comentário:

Postar um comentário