Na visão de Sahione, a justificativa da prisão do sertanejo, por ter ‘dado guarida’ a facilitado a fuga do casal José André da Rocha Neto e esposa, donos da Vai de Bet e investigados na Operação Integration, não foi bem fundamentada.
“Ainda tenho muitas dúvidas sobre se essa decisão é correta e se a prisão foi bem decretada. Existe um crime no Código Penal que é o favorecimento pessoal, que é quando você sabe que alguém vai ser alvo da Justiça. Você dá guarida para uma pessoa saia do poder da Justiça. Essa festa começou antes da operação”, comenta e explica:
“Quando eles saem do Brasil, ninguém tinha ideia de que prisões seriam decretadas. No meio da viagem se descobre isso, mas os pedidos tinham apenas validade no Brasil. Eles não tinham ainda sido incluídos na lista da Difusão Vermelha da Interpol”.
Para Sahione, o fato de Gusttavo Lima ter dado esta carona e mudado a rota da Grécia para Goiás não traria consequências jurídicas para o sertanejo. “Ele não tem obrigação de entregar essas pessoas para a prisão”, afirmou. O advogado pontua que mandados de prisão no Brasil não poderiam ser cumpridos na Grécia, por não haver pedido, à época, na Interpol.
“Existem outros elementos relacionados ao envolvimento patrimonial de Gusttavo Lima com o sócio da Vai de Bet. Ele teria comprado uma participação na Vai de Bet e transacionou veículos de luxo. O que não está claro como isso caracterizaria a lavagem de dinheiro”, disse.
Na opinião de Sahione, a prisão deveria ser a última possibilidade para evitar que Gusttavo Lima fugisse da Justiça ou mudasse o curso das investigações. “A prisão é o último recurso, existiriam outras formas da juíza impedir ou dar dificuldades ao Gusttavo Lima, para ele não fugir. Poderia confiscar o passaporte, aeronaves e afins”, diz.
Band Uol
Fonte : Blog de Robson Pires
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