Sob pressão do mercado financeiro, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a discutir medidas de corte de gastos para reforçar a credibilidade do arcabouço fiscal. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) estão preparando um pacote que será apresentado ao presidente após o segundo turno das eleições. Segundo Tebet, "chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos estruturais no Brasil".
Embora a equipe econômica não tenha detalhado as medidas, sinaliza uma redução de despesas entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Economistas ouvidos avaliam que essas medidas, embora bem-vindas, não atacam a raiz do problema e, portanto, não serão suficientes para garantir o equilíbrio das finanças públicas.
“Não é possível mais apenas pela ótica da receita resolver o problema fiscal do Brasil”, resumiu Tebet na terça-feira (15). Na prática, o governo se aproxima de ter que bancar o custo político de "apertar o cinto".
Essa mudança de postura ocorre em meio à volatilidade do mercado financeiro, que está cético em relação ao cumprimento da meta de déficit primário zero tanto para este ano quanto para 2025. Aqueles que acreditam que a meta será atingida ressaltam que, se acontecer, será graças aos abatimentos de determinadas despesas e manobras antigas e novas para aumentar os ganhos.
Texto com base na Gazeta do Povo
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