Em 2013, o 1º de Maio em São Paulo era um grande espetáculo: Anitta se apresentou para 50 mil pessoas no Vale do Anhangabaú em um evento da CUT, enquanto Gusttavo Lima agitava o público em outro palco, patrocinado pela Força Sindical e pela Hyundai. Na época, as celebrações reuniam sindicalistas, políticos e artistas em eventos que atraíam multidões.
Uma década depois, a cena é bem diferente. Em 2024, o presidente Lula discursou para apenas 1.635 pessoas no estacionamento da Arena do Corinthians – número contabilizado por imagens aéreas da USP. Insatisfeito, o petista reclamou publicamente: "O ato está mal convocado. Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso". Nem mesmo a presença da cantora Paula Lima, a atração principal, foi capaz de reverter o baixo público.
E em 2025, a situação piorou: Lula sequer vai comparece ao evento, marcando mais um capítulo no declínio das celebrações sindicais da data. (Lula evita ato público um ano após 1.º de Maio esvaziado para evitar novo constrangimento/Estadão)
Por que as festas do 1º de Maio encolheram?
Fim do imposto sindical (2017): Sem a contribuição obrigatória, sindicatos perderam verba para organizar grandes eventos.
Mudança nos hábitos: Trabalhadores hoje têm outras formas de lazer e engajamento, reduzindo o interesse em atos tradicionais.
Crise de representatividade: Movimentos sindicais enfrentam desafios para se conectar com novas gerações.
O que era uma grande festa popular agora parece um evento em busca de relevância. Resta saber se os sindicatos e o próprio governo conseguirão reinventar a data de 1º de Maio.
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