Levantamento publicado pela Folha de S.Paulo mostra que o Brasil é muito mais dependente dos Estados Unidos nas relações comerciais do que o inverso. Os dados, baseados na plataforma UN Comtrade da ONU, revelam um desequilíbrio expressivo na balança de importância entre os dois países.
Em 2024, de um total de 1.227 produtos importados pelos EUA, o Brasil foi o principal fornecedor em apenas 28 deles — o equivalente a 2,3% dos itens. Esses produtos renderam US$ 13,8 bilhões ao Brasil, o que representa somente 0,41% dos US$ 3,3 trilhões gastos pelos americanos com importações no ano.
Já na outra ponta, os Estados Unidos foram o principal destino de 323 produtos exportados pelo Brasil, o que equivale a 27% dos 1.199 itens diferentes enviados ao exterior. Em valores, isso somou US$ 24 bilhões, ou cerca de 7% de tudo o que o Brasil exportou no período.
A análise utilizou a classificação de produtos do Sistema Harmonizado (SH) em quatro dígitos e considerou como “principal fornecedor” aquele país que lidera as exportações ou importações de um determinado item.
Os números confirmam que, enquanto o Brasil ocupa papel marginal na gigantesca lista de fornecedores dos EUA, o mercado americano segue como um dos pilares centrais das exportações brasileiras.
Fonte: Folha de S.Paulo, com dados da UN Comtrade (ONU).
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