14 julho 2025

PERSEGUIÇÃO CONTRA ZÉ LINS

Após oito anos de silêncio, a Câmara Municipal de Currais Novos decidiu, por pressão de alguns vereadores, julgar as contas do ex-prefeito Zé Lins. A pergunta que paira no ar é: a quem interessa deixar Zé Lins fora da política?

O tema, que por anos ficou esquecido, reaparece justamente agora, às vésperas de um novo ciclo eleitoral. Em 2023, o mesmo movimento já era perceptível nos corredores da Câmara: discussões intensas sobre a inclusão ou não das contas de 2007 na pauta. Na época, o Tribunal de Contas do Estado apontou que a gestão de Zé Lins não teria aplicado os 15% mínimos obrigatórios na Saúde. No entanto, o ex-prefeito contestou a decisão, alegando que investimentos feitos em postos de saúde não foram contabilizados pelo TCE.

Em 2024, Zé Lins obteve mais de 12 mil votos para prefeito, mantendo seu capital político forte. Agora, em 2025, ele avalia um convite do senador Rogério Marinho para disputar uma vaga na Câmara Federal pelo PL — uma candidatura que poderia fortalecer o partido no Rio Grande do Norte e, ao mesmo tempo, garantir a continuidade de sua trajetória política.

Mas essa possibilidade parece incomodar. Há quem sonhe em ser "candidato único" em Currais Novos? Como se a cidade devesse votar, por obrigação, em apenas um "filho da terra". Esquecem que a escolha é do povo — e o povo tem o direito soberano de decidir. Tentar eliminar adversários antes mesmo da eleição não condiz com os novos tempos da política local.

O que se percebe é que alguns, ou alguém, estão usando o mandato de vereadores para perseguir Zé Lins — que nada fez contra eles. Dentro desse caldeirão, que parece até cena de bruxaria política, está também um ex-aliado, agora temeroso de perder seu mandato por práticas irregulares cometidas nas últimas eleições. Zé Lins não tem nada a ver com isso. Mesmo assim, volta a ser alvo de perseguição.

E a história se repete: quando Zé Lins ameaça voltar ao jogo, surgem as tentativas de tirá-lo do tabuleiro. Mas o povo está atento. E quem tenta vencer sem disputar corre o risco de perder sem lutar.

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