O governo dos Estados Unidos demonstrou interesse no tungstênio produzido no Rio Grande do Norte, em um momento de impasse comercial com o Brasil. A uma semana da entrada em vigor de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, minerais críticos, como o tungstênio, tornaram-se uma possível moeda de troca para destravar as negociações.
O interesse americano nos recursos minerais estratégicos brasileiros foi formalizado nos últimos dias. O tungstênio é um insumo fundamental para a produção de armamentos, componentes aeroespaciais e ligas metálicas resistentes. Além dele, os EUA buscam ampliar a participação em outros materiais como lítio, cobalto e terras-raras, essenciais para setores de tecnologia e defesa.
O Rio Grande do Norte possui onze concessões de lavra para tungstênio, localizadas em municípios da região do Seridó, como Acari, Currais Novos e Lages. Em 2024, a produção do estado somou 84 mil toneladas do mineral.
O tema ganhou destaque após uma reunião entre o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar. Segundo o presidente do instituto, Raul Jungmann, os americanos reforçaram que “realmente precisam de terras raras”, mas qualquer negociação sobre o tema depende do governo federal, uma vez que os recursos minerais pertencem à União.
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