![]() Em um dia de derrotas para o governo, a oposição conquistou duas vitórias no Congresso: |
comando da CPMI do INSS e avanço do voto impresso. (Foto: Saulo Cruz/ Agência Senado) |
A política nacional ganhou novos contornos nesta semana com a vitória da oposição no comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. A eleição do senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente e do deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator representou um duro revés para o governo Lula, que vinha mantendo o controle de postos estratégicos no Congresso.
A derrota para os nomes governistas, Omar Aziz (PSD-AM) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO), sinaliza uma perda de fôlego político do Planalto e fortalece a articulação da oposição no Congresso.
Efeito no tabuleiro político
De acordo com o cientista político Adriano Cerqueira, professor do Ibmec-BH, o episódio deixou clara a fragilidade da base de apoio de Lula:
“Nem Hugo Motta conseguiu garantir o relator que queria, nem Alcolumbre assegurou Omar Aziz na presidência. É um cochilo indefensável das lideranças governistas. A oposição, por outro lado, mostrou força e organização não apenas na Câmara, mas também no Senado”, destacou.
Cerqueira avalia ainda que o episódio indica uma reaproximação do Centrão com partidos de centro-direita, já mirando as eleições de 2026.
Reflexos no Rio Grande do Norte
Embora a CPMI seja um movimento em Brasília, seus desdobramentos podem chegar ao Rio Grande do Norte. Deputados e senadores potiguares, tanto da base quanto da oposição, terão que se posicionar diante de possíveis denúncias e investigações sobre o INSS — órgão que impacta diretamente milhares de famílias no estado, em especial aposentados e beneficiários do interior.
Em cidades como Currais Novos, onde muitos moradores dependem do INSS para manter sua renda, a repercussão da comissão pode se tornar ainda mais sensível. Caso novas irregularidades sejam comprovadas, o tema pode ganhar força na pauta eleitoral local e influenciar a avaliação do governo Lula no Nordeste, região onde o presidente mantém grande apoio.
O que esperar
Com a presidência e a relatoria da CPMI nas mãos da oposição, analistas apontam que novas denúncias devem vir à tona, aumentando o desgaste do governo. Além disso, a comissão deve se tornar um palanque político para adversários de Lula, que buscam enfraquecer a imagem do governo já de olho nas próximas eleições.
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