21 agosto 2025

O mundo político parece uma grande novela — Brasília em crise.

Nesta quinta-feira (21), três episódios distintos movimentaram a cena política brasileira e expuseram diferentes tensões entre Brasília e o cenário internacional.

Primeiro, o jornal Valor Econômico, citado pela Gazeta do Povo, revelou que o Banco do Brasil teria bloqueado o cartão de crédito do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em cumprimento à Lei Magnitsky, legislação norte-americana que prevê sanções a pessoas acusadas de violações de direitos humanos. O bloqueio teria ocorrido porque a bandeira do cartão é americana e, portanto, sujeita à legislação dos EUA (Gazeta do Povo).

Mesmo com o acontecimento, o partido Novo apresentou um Requerimento de Informação (RIC) ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cobrando explicações sobre como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão cumprindo a Lei Magnitsky. Segundo o líder do partido, Marcel van Hattem (RS), é necessário esclarecer os critérios de compliance adotados pelas estatais, já que a obediência a determinações externas pode afetar não apenas as instituições, mas também a economia brasileira (Gazeta do Povo).

Enquanto isso, em outra frente, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciou após a revelação de que a Polícia Federal encontrou, em seu celular, uma minuta de pedido de asilo político na Argentina. Segundo os advogados, tratava-se apenas de uma “sugestão”, sem que Bolsonaro tivesse levado a ideia adiante. Eles também afirmaram que receberam com surpresa o indiciamento do ex-presidente e negaram qualquer intenção de descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça (Veja).

Assim, em um só dia, a política brasileira se viu marcada por três movimentos interligados: um ministro atingido por sanções internacionais, um partido exigindo transparência sobre a soberania das estatais financeiras e um ex-presidente envolvido em suspeitas de buscar refúgio político no exterior.

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