Com estrutura moderna, acessível e voltada à dignidade e convivência, o novo equipamento vai muito além do papel social – ele pode se transformar em vetor econômico
A cidade de Acari, no Seridó potiguar, não apenas fez história ao inaugurar o primeiro Condomínio dos Idosos do Rio Grande do Norte – fruto de uma emenda de R$ 1,5 milhão do senador Styvenson Valentim – como também acendeu uma nova chama de desenvolvimento para o turismo regional: o turismo da longevidade.
Com estrutura moderna, acessível e voltada à dignidade e convivência, o novo equipamento vai muito além do papel social – ele pode se transformar em vetor econômico.
O impacto econômico de iniciativas como esta já é realidade em diversas partes do país. Segundo dados da Associação Brasileira de Turismo para a Terceira Idade, empreendimentos voltados ao público 60+ movimentam, em média, R$ 28 bilhões por ano no Brasil. Acari, com sua forte vocação para o turismo histórico, cultural e pedagógico, ganha agora um trunfo adicional com potencial de atrair familiares, voluntários, profissionais da saúde e turismo, e até mesmo visitantes interessados em conhecer a experiência e replicar o modelo em seus municípios.
Estudos preliminares da Fecomércio RN indicam que cada visitante na região do Seridó gasta em média R$ 370 por fim de semana, entre hospedagem, alimentação e consumo local. Se o novo equipamento atrair uma média de 15 visitantes semanais (entre familiares e técnicos), o impacto direto e indireto na economia local pode ultrapassar R$ 288 mil por ano. Isso sem contar os efeitos sobre geração de empregos em serviços de apoio e saúde, turismo receptivo e comércio.
O condomínio, com mais de mil metros quadrados de área construída e capacidade para até 50 idosos, rompe com o modelo excludente e ultrapassado dos antigos abrigos. Ao oferecer espaços de convivência, áreas de lazer, refeitório, capela, quartos adaptados e estrutura de saúde básica, projeta uma imagem moderna e acolhedora da cidade, capaz de despertar a atenção de quem busca modelos de cuidado humanizado.
“É um projeto que respeita o tempo e a história de quem já construiu tanto por nossa sociedade. Mas mais do que isso, ele transforma a forma como o município se posiciona diante do tema da longevidade”, destacou o prefeito Fernando Antônio (na foto acima). Para ele, o novo espaço pode ainda se tornar referência para outras cidades do RN e do Nordeste, abrindo portas para parcerias e intercâmbios institucionais.
Aos poucos, Acari vai se consolidando como um polo do envelhecimento digno, saudável e ativo. E num país em que mais de 30 milhões de pessoas têm mais de 60 anos, segundo o IBGE, iniciativas como essa deixam de ser exceção para se tornarem exemplo – inclusive para o turismo regional. Afinal, dignidade também atrai visitantes.
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