A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) o regime de urgência para o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A medida acelera a tramitação e leva a proposta diretamente ao plenário, sem passar por comissões.
Foram 311 votos favoráveis, 163 contrários e 7 abstenções. O resultado é visto como uma derrota para o governo Lula (PT), que tentou barrar o avanço do tema. Agora, os parlamentares decidirão se aprovam uma anistia ampla, que pode alcançar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ou apenas uma redução das penas, como defende parte do centrão em diálogo com ministros do STF.
A pressão pela votação veio da bancada bolsonarista e ganhou força com a articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como potencial adversário de Lula em 2026. O gesto em favor da anistia é visto como um aceno ao ex-presidente, cujo apoio é considerado crucial para uma futura candidatura de Tarcísio.
No governo, petistas reagiram e falam em retaliações políticas, incluindo a revisão de cargos e indicações em ministérios. A disputa agora se concentra no conteúdo do texto final, que deve colocar em choque esquerda, centrão e bolsonaristas nas próximas votações.
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