O Brasil continua gerando empregos formais em 2025, mas o ritmo de contratações perdeu força devido aos juros elevados. Entre janeiro e julho, o saldo foi de 1,3 milhão de vagas com carteira assinada, resultado positivo, porém 10,4% menor que no mesmo período de 2024, quando o número passou de 1,5 milhão.
A análise, feita pelas economistas Janaína Feijó e Helena Zahar, do FGV Ibre, a partir de dados do Novo Caged, mostra que todos os cinco grandes setores da economia contrataram mais do que demitiram nos primeiros sete meses deste ano. No entanto, apenas a agropecuária conseguiu ampliar o saldo em relação a 2024.
Impulsionado pela supersafra, o setor rural registrou 109,2 mil contratações a mais do que demissões, um crescimento de 32,3% em comparação com o mesmo período do ano passado (82,6 mil).
Apesar da desaceleração geral, os números indicam que o mercado de trabalho formal segue sólido, ainda que desafiado pelas condições econômicas atuais.
📌 Fonte: Folha de São Paulo / FGV Ibre
📊 Comentário sobre o gráfico de empregos formais
É importante lembrar que o ano de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid-19, o que resultou em um saldo negativo de mais de 1,2 milhão de empregos formais.
Já nos anos seguintes, o cenário mudou: em 2021 e 2022 o país registrou forte crescimento na geração de empregos, superando 1,6 milhão de vagas formais. Em 2023 e 2024, os números se mantiveram em patamares consistentes, com saldos positivos acima de 1,1 milhão e 1,5 milhão, respectivamente.
Em 2025, embora o ano ainda não tenha se encerrado, o saldo parcial já ultrapassa 1,3 milhão de empregos formais, o que mostra uma tendência de estabilidade na criação de vagas nos últimos anos.
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