23 setembro 2025

Vexames no Palco Global: O Preço da Diplomacia Sem Rumo do Brasil

base do texto "Vexames no palco global: o preço da falta de bússola da diplomacia brasileira" GAZETA DO POVO

A política externa brasileira, sob o comando do governo Lula, parece ter trocado a sobriedade diplomática pela excentricidade improvisada. O que já foi motivo de orgulho nacional dá agora lugar a uma sucessão de constrangimentos internacionais que beiram o surreal — e o episódio recente envolvendo o ministro Alexandre Padilha, nos Estados Unidos, é apenas o mais novo ato dessa tragicomédia.

Durante sua participação na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, Padilha viu sua mobilidade severamente restringida em solo americano — um gesto diplomático raro e revelador. O Brasil, com isso, passou a figurar entre um seleto grupo de países cujos representantes políticos são considerados "persona non grata" pelos EUA, ao lado de potências como Rússia, Irã, China e Coreia do Norte. Um constrangimento de proporções épicas que expõe, de forma inequívoca, o grau de deterioração da imagem brasileira no cenário internacional.

Mais do que um embaraço pontual, o caso escancara uma política externa desorientada, marcada por decisões mal calculadas e estratégias desconectadas da realidade geopolítica. A diplomacia brasileira parece atuar hoje sem bússola, sem norte, e com cada vez menos prestígio — substituindo consistência por retórica inflamada e simbolismo vazio.

A reação ao vexame, previsivelmente, seguiu o manual populista: em vez de assumir erros e buscar correções de rota, o governo optou por inflar o discurso de "soberania" e fabricar um inimigo externo, na tentativa de desviar o foco dos fracassos internos. Uma cortina de fumaça velha conhecida, que pouco contribui para resolver os reais entraves diplomáticos do país.

Fonte >GAZETA DO POVO

Nenhum comentário:

Postar um comentário