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Mas sua origem, na década de 70, guarda um elemento extra e determinante: a convivência entre presos políticos e criminosos de alta periculosidade.
Inicialmente conflituosa, a relação entre militantes de esquerda e bandidos “comuns” no presídio da Ilha Grande (RJ) acabou derivando numa parceria. E o resultado dessa aliança — voltada, num primeiro momento, para organizar regras de convivência — foi a transferência de um sofisticado know-how de guerrilha revolucionária para o mundo do crime.
Não que esse tipo de cooperação tenha começado naquela época. Já em 1917, durante o chamado “Ano Vermelho” (período de greves e agitação inspiradas pela Revolução Russa), o Brasil viveu uma experiência de convívio entre anarquistas, sindicalistas e delinquentes habituais.
O mesmo aconteceu no Estado Novo, quando a ditadura de Getúlio Vargas reuniu, sob as mesmas leis, presos de mundos diferentes. Em suas memórias, o líder comunista Gregório Bezerra, encarcerado após o levante marxista de 1935, conta que formou uma célula revolucionária dentro da Casa de Detenção do Recife — que incluía militantes, cangaceiros e até guardas.
Fonte > CAZETA DO POVO
 

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