O fim do ano se aproxima, e com ele cresce a ansiedade de quem depende do governo — servidores e fornecedores.
A situação fiscal do Rio Grande do Norte, há tempos delicada, segue marcada por queda nas receitas, despesa com pessoal acima do limite prudencial, crescimento das aposentadorias e gastos expressivos com precatórios.
O cobertor financeiro está curto. Falta dinheiro.
A “rádio peão” espalha informações não oficiais de que haverá atraso no pagamento da folha dos servidores, em especial, a do 13º salário. Só se fala nisso.
Por onde passa, o secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, reafirma que o governo quitará o décimo terceiro dos servidores até janeiro.
Portanto, haverá certo atraso, mas o compromisso da governadora Fátima Bezerra será cumprido integralmente.
Para que isso ocorra, o governo está “catando moedas”. Entre as medidas, antecipou o pagamento do ICMS para empresas beneficiadas pelo Proedi e com regime especial, num esforço para arrecadar R$ 30 milhões.
A governadora também esteve em Brasília com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutindo nova ajuda financeira. Por ter aderido ao PEF (Programa de Equilíbrio Fiscal), o RN tem acesso a operações de crédito de até R$ 1,6 bilhão em quatro anos.
A primeira parcela, de R$ 427 milhões, foi usada para recuperar estradas. As parcelas subsequentes foram suspensas porque o Estado não cumpriu as metas fiscais.
Deve ter sido isso que Fátima foi falar com Haddad. Por enquanto, há pouca informação sobre o teor da conversa.
O governo poderia ser mais transparente nessa história.
 

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