30 novembro 2025

“A direita aqui está unida, temos que trazer o centro”, diz Rogério Marinho

Rogério Marinho, senador da República pelo RN | Foto: Alex Régis

O senador Rogério Marinho, secretário nacional e presidente estadual do Partido Liberal (PL), afirmou à TRIBUNA DO NORTE que caberá ao ex-presidente Jair Bolsonaro, “no momento oportuno”, definir o nome que representará a direita na disputa pela Presidência em 2026. Em visita ao Rio Grande do Norte e já pré-candidato ao governo estadual, Marinho disse que a direita está unida no Estado e que trabalha para atrair o centro. O parlamentar também defendeu que Bolsonaro é vítima de perseguição política e que o Congresso deve aprovar uma anistia que permita sua volta ao processo eleitoral, além de fazer críticas contundentes à gestão Fátima Bezerra e ao modelo de licenciamento ambiental vigente no RN.

Como o senhor avalia tudo isso que aconteceu com o ex-presidente Jair Bolsonaro?
O ex-presidente está sendo vítima de uma injustiça, de uma perseguição, porque ousou enfrentar o sistema. É alguém que se elegeu sem voto, sem partido, sem dinheiro, sem tempo de televisão, voando abaixo do radar. Quando o sistema percebeu, tentaram matá-lo com uma facada, e é uma questão literal, não é uma alegoria. Ele governou sem permitir o aparelhamento da máquina pública, sem concessões aos campeões nacionais, enfrentando os grandes sistemas de comunicação, sem tutelar os governos, sempre, no Brasil, antes e depois dele. E pagou um preço por isso. Na hora em que perdeu as eleições, na hora em que Lula se elege, houve um grande movimento para retirá-lo do processo eleitoral. É bom lembrar que há mais de cem dias, antes do trânsito em julgado do pretenso golpe, ele foi impedido de se comunicar com as pessoas, foi censurado, com medidas cautelares que lhe foram impostas no âmbito de um processo em que sequer foi denunciado. E quando foi preso no sábado foi porque o filho convocou um culto, uma vigília de oração. É bom lembrar que quando Lula foi preso, ele convocou a população para queimar pneu na rua. Ele foi para dentro do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e convocou a população para queimar pneu na rua. E naquela oportunidade isso foi interpretado como ato de resistência democrática. Agora, o filho de Bolsonaro convoca uma oração dentro do que reza a Constituição e liberdade religiosa e do direito de reunião, e isso é considerado um risco de fuga. As pessoas falam da tornozeleira. Em 17 páginas da decisão do ministro Alexandre de Moraes tem um parágrafo sobre a tornozeleira. Isso aconteceu praticamente de meia-noite. Seis horas da manhã a Polícia Federal estava na porta do ex-presidente. A Polícia Federal é uma repartição, não tem um plantão para prender pessoas em função da decisão judicial. A não ser que seja prisão em flagrante. O ex-presidente Bolsonaro está passando por um processo que a história vai julgar.
 

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