Imagem: reprodução
Entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) registrou 219 casos de expulsões de moradores por facções criminosas em todo o Ceará.
Os dados constam em um relatório do Núcleo de Inteligência Policial (Nuip), vinculado ao Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil. É a primeira vez que o Estado divulga um levantamento oficial sobre o tema.
Disputa por território e controle do tráfico
O relatório aponta que o aumento das expulsões está ligado à disputa entre facções, principalmente entre o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP), que recentemente incorporou a facção cearense Guardiões do Estado (GDE).
Esses grupos buscam o controle territorial para dominar o tráfico de drogas e a cobrança de “pedágios” a comerciantes. Em setembro, o CV e o TCP chegaram a comemorar avanços em áreas como Vicente Pinzón e Lagamar, com foguetórios na Região Metropolitana de Fortaleza.
Impactos sociais
As expulsões têm provocado mudanças bruscas na vida das famílias, com interrupção de aulas, dificuldade de acesso a serviços públicos e queda no comércio local.
Segundo o DRCO, as comunidades afetadas passam a enfrentar medo constante, isolamento e desestruturação social, enquanto áreas esvaziadas se tornam mais difíceis de fiscalizar pela polícia.
Fortaleza concentra a maioria dos casos; capital teve 143 registros, espalhados por 49 dos 121 bairos da cidade.
Veja números:
Os bairros com mais expulsões foram:
Ancuri – 16 casos
José Walter – 16
Vicente Pinzón – 15
Jangurussu – 8
Barra do Ceará – 7
Papicu – 7
Canindezinho – 6
Outros bairros da cidade também tiveram registros pontuais, segundo o relatório.
Cidades da Região Metropolitana e Interior
Depois de Fortaleza, os municípios com mais casos são:
Maranguape – 18
Maracanaú – 16
Caucaia – 15
Sobral – 7
Pacatuba – 2
Quixadá – 2
Cascavel – 1
Com informações de O Povo

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