Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
A escolha do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de indicar Guilherme Derrite (PL-SP) como relator do PL Antifacção abriu um racha imediato entre situação e oposição. Recién de volta ao mandato após deixar a Secretaria de Segurança paulista, o deputado divulgou seu primeiro parecer horas após a indicação — e já colocou holofotes sobre o texto.
Derrite decidiu não incorporar ao relatório a proposta defendida pela direita que equipara facções criminosas a organizações terroristas, ponto mais explosivo da discussão. Ainda assim, sugeriu que ações armadas e domínio territorial praticados por facções recebam punições equivalentes às aplicadas ao terrorismo, com penas previstas entre 20 e 40 anos.
A indicação gerou reações opostas. Parlamentares da oposição, como Eduardo Bolsonaro, celebraram a escolha e afirmaram que o projeto estaria “em boas mãos”. Já lideranças governistas viram provocação. O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), classificou a decisão de Motta como desrespeitosa ao presidente Lula, alegando que entregar a relatoria a um aliado de Tarcísio de Freitas coloca em risco uma das prioridades do governo na área de segurança pública.
O debate sobre o PL começa nesta terça-feira (11), mas a votação deve ser adiada por causa do esvaziamento da Casa durante a COP30, em Belém. Enquanto isso, a articulação do governo — liderada pela ministra Gleisi Hoffmann — tentará preservar o texto original do Executivo, após Derrite apontar “fragilidades” na proposta encaminhada pelo Planalto.
Com informações do Metrópoles

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