21 novembro 2025

Indicação de Jorge Messias ao STF provoca crise entre Lula e o Senado

O senador Jaques Wagner (PT-BA),
líder do governo no Senado, em cerimônia
no Palácio do Planalto
Pedro Ladeira - 23.abr.25/Folhapress
A escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) gerou forte desgaste entre o governo Lula e o Senado. Parte dos senadores, liderados pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), defendia a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o cargo.

O clima piorou porque Lula não telefonou antes para avisar Alcolumbre, que soube da decisão pela imprensa. Irritado, o presidente do Senado anunciou que levará ao plenário um projeto bilionário sobre aposentadoria especial de agentes de saúde e combate às endemias, medida vista como uma pressão sobre o governo.

Além disso, Alcolumbre já sinalizou que não pretende apoiar a aprovação de Messias no Senado, etapa obrigatória para que o indicado seja confirmado no STF.

Curiosamente, Jorge Messias recebeu apoio público do ministro André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro, que prometeu ajudá-lo a dialogar com senadores.

O desgaste também respinga no líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), amigo pessoal de Lula e principal defensor de Messias. Wagner teria exposto à imprensa a preferência de Alcolumbre por Pacheco, o que aumentou o desconforto político. Segundo aliados, o presidente do Senado chegou até a ignorar telefonemas do líder governista.

Apesar de a escolha de Messias já ser conhecida nos bastidores há semanas, a confirmação colocou o relacionamento entre o Palácio do Planalto e o Senado no seu momento mais tenso do atual mandato.

Resumo da matéria da Folha de São Paulo

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