Foto: Gustavo Moreno/STF
A decisão do ministro Gilmar Mendes que restringe a apresentação de pedidos de impeachment contra magistrados do STF gerou forte reação entre parlamentares de direita no Congresso. Para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a medida ocorre justamente no momento em que o grupo intensifica articulações para eleger uma bancada robusta ao Senado em 2026 — movimento visto como essencial para destravar denúncias já existentes contra ministros da Corte.
A informação é de William Waack, da CNN. Pela liminar, apenas a Procuradoria-Geral da União poderá protocolar pedidos de impeachment, e sua abertura no Senado passará a exigir apoio de dois terços dos senadores, elevando significativamente o grau de dificuldade. Oposição e lideranças conservadoras classificam a decisão como uma tentativa de “autoproteção” do Supremo diante da possibilidade de uma mudança no cenário político a partir de 2027. Rogério Marinho (PL-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Esperidião Amin (PP-SC) criticaram publicamente o que chamam de “usurpação de prerrogativas” do Legislativo.
O impacto foi imediato no Congresso. A decisão surpreendeu até governistas e levou senadores a acelerar PECs que restabeleçam o direito de qualquer cidadão apresentar denúncias contra ministros, além de propostas que limitam decisões monocráticas e criam mandatos para integrantes do STF. Hoje, há ao menos 47 pedidos de impeachment parados, a maioria contra Alexandre de Moraes.
Para parlamentares, a liminar fere a separação de Poderes e retira atribuições do Senado. Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) reuniu líderes partidários logo após tomar conhecimento da decisão e criticou duramente a medida no plenário, defendendo mudanças para impedir que um único ministro suspenda, sozinho, leis aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente da República.
Com informações da CNN

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