STF conclui julgamento do mensalão com novo mal-estar entre ministros
Após 53 sessões, o STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou nesta segunda-feira (17) o julgamento do mensalão em meio a um novo mal-estar entre o presidente do tribunal Joaquim Barbosa e o ministro Marco Aurélio Mello, além de deixar pendente uma definição sobre quando ocorrerá a prisão dos 25 condenados.
Barbosa fez um agradecimento a três auxiliares que atuaram no caso. O gesto irritou o ministro Marco Aurélio Mello que criticou a medida e abandonou o plenário. Ele argumentou que isso não era tradição da corte.
O relator do mensalão argumentou que processo era inusitado e que gerou "traumas" e problemas de saúde nele e em seus colaboradores.
"A tradição desse tribunal é de não prestar exageradamente homenagem e tributos descabidas. Nos últimos anos, essa tradição foi sensivelmente alterada. Da minha parte, jamais se ouviu sair da minha boca esse tipo de consideração. Fazê-lo de maneira a quem conosco colabora não parece inapropriada", disse Barbosa.
Em mais de quatro meses de julgamento, o Supremo definiu que houve desvio de recursos públicos do Banco do Brasil e da Câmara para financiar a compra de apoio político no Congresso no início do governo Lula (2003-2010). Dos 37 réus, 25 foram condenados, entre eles, o ex-ministro José Dirceu, homem forte do governo Lula, e o empresário Marcos Valério, operador do esquema.
Ao todo, 11 receberam penas superiores a 8 anos e vão cumprir a pena inicialmente em regime fechado. Outros 10 foram condenados a regime semiaberto.
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