18 dezembro 2013

Justiça Federal condena Lauro Maia e mais 10 envolvidos na Operação Higia


Justiça Federal condena 11 pessoas envolvidas na Operação Higia


O ex-assessor parlamentar, Lauro Maia, e mais dez pessoas envolvidas na Operação Higia foram condenadas pela Justiça Federal. Outras três pessoas foram completamente absolvidas do processo. A sentença do juiz federal Mário Azevedo Jambo tem 287 páginas e foi publicada nesta quarta-feira (18). Os mandados de prisão só serão expedidos após o processo ser transitado em julgado no Superior Tribunal Federal (STF).

Dos 11 condenados, três terão as penas substituídas por restrição de direitos. Além disso, todos terão que pagar multas. A Operação Higia  denunciou um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte, recaindo sobre fraudes em processos licitatórios, crimes de corrupção e tráfico de influência.
Marcelo Barroso

                                          Lauro Maia foi condenado a mais de 16 anos de prisão
"A corrupção é um delito devastador em relação à credibilidade da Administração Pública. Além do dano moral, causa gigantesco prejuízo aos cofres públicos e é executado de forma dissimulada e silenciosa.  No entanto, em verdade, representa um delito de extrema violência, da violência indireta, porque faz o sangue respingar longe, geralmente nas filas dos hospitais públicos, abarrotados e sem estrutura, ou na supressão das possibilidades e esperanças de futuro para aqueles que buscam uma escola pública de qualidade", destacou o Juiz Federal Mário Jambo, na sentença.

O caso

A Operação Higia foi deflagrada no dia 13 de junho de 2008 com a participação de 190 policiais federais. De acordo com as investigações, que foram iniciadas em 2005, as fraudes nos processos licitatórios do Governo do Estado começavam com os funcionários da Secretaria Estadual de Saúde, aliciados pelo esquema liderado por Lauro Maia e outros. Esse funcionários solicitavam os serviços e o processo legal da licitação era instruído pela Procuradoria do Estado.

Na época das prisões, o delegado federal Caio Bezerra explicou que as fraudes da quadrilha eram cometidas em contratos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência  (Samu) Metropolitano e a Farmácia Popular.

Confira as sentenças  na Tribuna do Norte



Nenhum comentário:

Postar um comentário