O
líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), disse, nesta
quarta-feira (6), que o Palácio do Planalto usou o Congresso Nacional
para blindar a presidente Dilma Rousseff da responsabilidade no
escândalo envolvendo a compra da refinaria de Pasadena (EUA). Em reunião
em seu gabinete com os senadores tucanos Aécio Neves (MG), Aloysio
Nunes (SP) e o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), Agripino afirmou
que a oposição vai exigir saber quem foram os responsáveis e os demais
envolvidos na gravação divulgada pela revista Veja.
Segundo o exemplar deste final de semana, perguntas e respostas da presidente da Petrobras, Graça Foster; do ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli; e do ex-diretor Nestor Cerveró, na
comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Petrobras, foram previamente
combinadas. O objetivo era negar a participação de Dilma no episódio
que causou um prejuízo bilionário ao país. “O escândalo foi provocado
pela atuação de servidores da Presidência da República e de servidores
de alto escalão da Petrobras. Tudo isso para limpar a barra da
presidente da Republica e da Petrobras”, frisou Agripino.
Em
relação à representação no Conselho de Ética contra os senadores
Delcídio Amaral e José Pimentel, citados pela revista, o senador disse
que caberá os órgãos de fiscalização já acionados esclarecer os fatos.
Nesta segunda-feira (4), a oposição pediu ao Ministério Público que
investigue a denúncia da revista Veja. “A Polícia Federal e o Ministério
Público já foram acionados. Neste momento, mais importante do que ir ao
do Conselho de Ética é descobrir quem gravou, onde gravou e por que
vazaram as imagens. É isso que o Brasil quer saber. Aí toda a trama vai
ser esclarecida. O país quer saber quem foi usado para provocar essa
farsa que está indignando o país”.
Sobre a
instalação da CPMI do Metrô, Agripino afirmou não ter dúvidas de que
essa é uma estratégia do governo para desviar o foco. A comissão foi
instalada no Congresso Nacional nesta quarta-feira (6), mas não entrou
em funcionamento porque não foram indicados relator e presidente. “Por
que CPI do Metrô neste momento? Porque querem tirar o foco do escândalo
que produziram, criando um factoide. As pessoas a quem eles acusam não
têm o menor receio dessa CPI”.
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