Em discurso, líder do PMDB afirmou que não será 'submisso ao governo'.
Mais cedo, o deputado petista Arlindo Chinaglia também se lançou candidato
Depois de Arlindo Chinaglia (PT-SP) se lançar oficialmente candidato à
presidência da Câmara, o partido oposicionista DEM declarou nesta
quarta-feira (17) apoio ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), na disputa
pelo cargo. Em reunião com parlamentares da legenda, Cunha disse que,
se eleito, não será “submisso ao governo”. Ele também prometeu dar
espaço para que a oposição “tenha voz”.
Temos que respeitar o debate, respeitar o direito de obstruir. E ao
mesmo tempo respeitar o governo que venceu as eleições. Agora, vamos
buscar a independência a todo o momento [...] Não vamos ser submissos ao
governo”, disse.
Mais cedo, ao lançar sua candidatura à sucessão na Casa, Chinaglia
também prometeu "imparcialidade" e “independência”. Indagado sobre a
diferença das duas candidaturas, Cunha afirmou que um deputado do PT não
terá as mesmas condições de garantir autonomia ao Legislativo.
“Eu já estou há 60 dias pregando isso e não sou de um partido submetido
ao governo. Acho que temos mais condições de dar autonomia à Câmara não
sendo do PT, que é um partido que só defende os interesses do governo
federal. Eu pergunto, será que um presidente do PT teria colocado em
votação a derrubada do decreto que criou conselhos populares?”,
questionou o peemedebista.
Depois de anunciar o apoio a Cunha, o líder do DEM, Mendonça Filho
(PE), disse que a Câmara não pode se “subordinar aos interesses do
Executivo”.
“O que pesou na nossa decisão foram os compromissos assumidos com
relação à independência. Não queremos que a presidência da Câmara seja
subordinada à oposição, queremos que respeite o espaço da oposição para
que haja um contraponto”, afirmou.
Eduardo Cunha disse já contar com o apoio do Solidariedade, PSC, DEM e
PRB. “Nossas conversas estão avançadas com o PR, PSD e PP”, disse.
Já a candidatura de Arlindo Chinaglia é apoiada por PCdoB, PROS e PDT. A
eleição para presidente da Câmara é no dia 1º de fevereiro de 2015.
Fonte: G1 da Globo
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