Com choro, muita emoção e homenagens, o
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB) se
despediu nesta quarta-feira (17), do Congresso Nacional, após 44 anos
ininterruptos como Deputado Federal.
Nas eleições de outubro, o peemedebista
deixou de disputar a reeleição para o Congresso e tentou se eleger para o
governo do Rio Grande do Norte. Agora, ele é cotado para assumir um
Ministério no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff na cota do
PMDB da Câmara.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a homenagem ocorreu após quase nove horas de sessão, sendo prestigiado por parlamentares governistas e oposicionistas.
Vai ter a Câmara antes e [a Câmara]
depois de Henrique Eduardo Alves”, disse o líder do PT, Vicentinho (SP).
“O senhor tem uma carreira brilhante, de muito respeito”, completou.
Responsável por puxar a série de afagos
ao colega, o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), afirmou que a “história
da Câmara se confunde com a história de Alves”.
Do Rio Grande do Norte, Henrique recebeu
homenagens dos colegas Felipe Maia (DEM) e Sandra Rosado (PSB), esta
última também se despedindo da Casa por não ter conseguido êxito na
disputa pela reeleição.
Felipe, filho do senador José Agripino
Maia, estendeu a homenagem a todos os familiares de Henrique, por ser
amigo de infância de sua esposa, a Jornalista Laurita Arruda.
Ao ouvir os deputados, Alves chorou,
tirou um lenço do bolso para enxugar as lágrimas, agradeceu os
cumprimentos, mas não se manifestou.
“Há quase dois anos no comando da Casa,
Alves colecionou enfrentamentos com o Planalto, impondo derrotas ao
governo da presidente Dilma Rousseff, e também com o STF (Supremo
Tribunal Federal) ao defender, por exemplo, autonomia do Parlamento para
discutir propostas”, diz ainda a reportagem da Folha.
Parceiro do vice-presidente, Michel
Temer, Alves trabalha agora para eleger o líder do PMDB, Eduardo Cunha
(RJ), para sucedê-lo, mesmo com a resistência do Planalto.
Fonte: Blog de Heitor Gregório
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