O governo do PT faz uma política
econômica errada para o país, não incentiva o setor privado a empreender no
Brasil, nem promove investimentos em estradas, ferrovias, portos e aeroportos
com recursos públicos. A afirmação, do deputado federal Felipe Maia (DEM), é
baseada em dados divulgados pelo portal Contas Abertas que mostram que desde
2009 o governo federal não investia tão pouco em infraestrutura.
De acordo com o parlamentar, houve um
recuo de 42% na verba aplicada em obras e equipamentos, o que corresponde a R$
15 bilhões a menos investidos em comparação com o mesmo período do ano passado.
Além disso, 88% dos investimentos de 2015 são restos a pagar, ou seja,
representam compromissos assumidos em exercícios anteriores, mas que estão
sendo pagos somente agora.
“O governo federal é contra o
investimento privado, pois faz com que o empresário não se sinta motivado a
investir no Brasil, e por outro lado, os investimentos públicos em portos,
aeroportos e estradas estão um fracasso. A consequência prática disso é a
redução do aumento da riqueza do nosso país, é o aumento do desemprego. Esse
governo, definitivamente, não sabe governar. Fez uma boa oposição, mas enquanto
governo é um fracasso”, disse o deputado, da tribuna da Câmara, nesta
quinta-feira (03).
O parlamentar destacou ainda que pela
falta de investimentos, o país perde oportunidades que surgem com a alta do
dólar. A valorização da moeda norte-americana favorece o turismo doméstico e
movimenta o setor portuário, que cresceu 3% no primeiro semestre de 2015,
devido à exportação das commodities. “Apesar disso, até agora o governo aplicou
apenas 19% dos recursos previstos para obras e serviços nos portos este ano. E
nos aeroportos não é diferente. Só no mês de julho, a demanda doméstica de
passageiros subiu 8% em relação a julho de 2014. Mas no sentido inverso, o
governo anunciou que este ano serão aplicados em obras e equipamentos nos
aeroportos R$ 285 milhões a menos do que no ano passado”, afirmou.
CPMF
Felipe Maia ainda ressaltou o
posicionamento contrário da oposição sobre a tentativa do governo de
ressuscitar a CPMF. Segundo o deputado, em 2008, quando a contribuição foi
extinta, o Executivo aumentou outros impostos para compensar as perdas com o
fim da taxa. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), por exemplo,
passou de 8% para 15% e depois foi reajustado para 20%. Com o Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) aconteceu o mesmo. Com o fim da CPMF, o IOF foi
reajustado e passou a render R$ 20 bilhões a mais para os cofres públicos. “O
governo do PT pretende aumentar a carga tributária de um país que já se
encontra em recessão, que não consegue crescer com seus investimentos próprios.
Se houver essa iniciativa de recriar a CPMF, ela será duramente combatida, como
já o foi uma vez”, alertou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário