03 setembro 2015

Os investimentos públicos promovidos pelo governo do PT estão um fracasso, declara Felipe Maia

O governo do PT faz uma política econômica errada para o país, não incentiva o setor privado a empreender no Brasil, nem promove investimentos em estradas, ferrovias, portos e aeroportos com recursos públicos. A afirmação, do deputado federal Felipe Maia (DEM), é baseada em dados divulgados pelo portal Contas Abertas que mostram que desde 2009 o governo federal não investia tão pouco em infraestrutura.

De acordo com o parlamentar, houve um recuo de 42% na verba aplicada em obras e equipamentos, o que corresponde a R$ 15 bilhões a menos investidos em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, 88% dos investimentos de 2015 são restos a pagar, ou seja, representam compromissos assumidos em exercícios anteriores, mas que estão sendo pagos somente agora.

“O governo federal é contra o investimento privado, pois faz com que o empresário não se sinta motivado a investir no Brasil, e por outro lado, os investimentos públicos em portos, aeroportos e estradas estão um fracasso. A consequência prática disso é a redução do aumento da riqueza do nosso país, é o aumento do desemprego. Esse governo, definitivamente, não sabe governar. Fez uma boa oposição, mas enquanto governo é um fracasso”, disse o deputado, da tribuna da Câmara, nesta quinta-feira (03).

O parlamentar destacou ainda que pela falta de investimentos, o país perde oportunidades que surgem com a alta do dólar. A valorização da moeda norte-americana favorece o turismo doméstico e movimenta o setor portuário, que cresceu 3% no primeiro semestre de 2015, devido à exportação das commodities. “Apesar disso, até agora o governo aplicou apenas 19% dos recursos previstos para obras e serviços nos portos este ano. E nos aeroportos não é diferente. Só no mês de julho, a demanda doméstica de passageiros subiu 8% em relação a julho de 2014. Mas no sentido inverso, o governo anunciou que este ano serão aplicados em obras e equipamentos nos aeroportos R$ 285 milhões a menos do que no ano passado”, afirmou.

CPMF
Felipe Maia ainda ressaltou o posicionamento contrário da oposição sobre a tentativa do governo de ressuscitar a CPMF. Segundo o deputado, em 2008, quando a contribuição foi extinta, o Executivo aumentou outros impostos para compensar as perdas com o fim da taxa. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), por exemplo, passou de 8% para 15% e depois foi reajustado para 20%. Com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aconteceu o mesmo. Com o fim da CPMF, o IOF foi reajustado e passou a render R$ 20 bilhões a mais para os cofres públicos. “O governo do PT pretende aumentar a carga tributária de um país que já se encontra em recessão, que não consegue crescer com seus investimentos próprios. Se houver essa iniciativa de recriar a CPMF, ela será duramente combatida, como já o foi uma vez”, alertou.

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