Há pouco mais de dez anos, o senador Cristovam Buarque deixou o PT
após uma série de desgastes que levaram à sua demissão, por telefone, do
cargo de ministro da Educação e no embalo da eclosão do escândalo do
mensalão – ele foi um dos integrantes que não concordaram com a resposta
dada pelo partido e pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva às
irregularidades reveladas à época.
Hoje, ensaia um novo desembarque, desta vez do PDT, que, nas palavras
de Cristovam, “não existe” como partido, pois virou um “puxadinho do
PT” controlado pelo ex-ministro Carlos Lupi, que já colocou como
candidato à próxima corrida presidencial um nome escolhido por Lula –
Ciro Gomes – para “preencher o vazio” caso o petismo não se recupere a
tempo de 2018.
“Acho que a grande culpa é do PT. O PT se autoassassinou. Há uma
diferença entre autoassassinato e suicídio: suicídio é um gesto
consciente, em que existe até uma dignidade; o autoassassinato nem é
consciente nem carrega dignidade. O PT se autoassassinou por recusar o
mérito nos seus dirigentes: nomeava ministro, vice-ministro,
subministro, diretores apenas por interesses imediatistas, corporativos.
Se autoassassinou por não pensar o médio e longo prazo do Brasil, por
ficar prisioneiro da próxima eleição, por abrir mão das reformas
necessárias que poderia ter feito, sobretudo com a grande liderança que
era Lula”, disse o senador.
Fonte: Blog de Robson Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário