20 agosto 2016

Impecável. Brasil está na final olímpica do vôlei masculino


Falta apenas mais um capítulo para uma bela história de superação da Seleção Brasileira masculina de vôlei terminar de ser escrita na Rio-2016. Nesta sexta-feira, vitória incontestável sobre a Rússia por 3 sets a 0, parciais de 25-21, 25-20 e 25-17, garantindo presença na decisão de domingo, contra a Itália.
Até minutos antes de a bola subir no Maracanãzinho, os pontas titulares Lucarelli e Lipe eram dúvida para o clássico. O primeiro com um pequeno estiramento na coxa direita e o companheiro com um problema na lombar. Certamente um baque enorme, assim como foi durante a ausência de Mauricio Souza por uma lesão muscular, no início da campanha, como seria de perdesse Lucão com um problema no joelho na primeira fase. Lucarelli e Lipe não estavam 100%, mas foram para o sacrifício. E o esforço foi recompensado. No primeiro set, ambos levantaram a torcida com duas defesas espetaculares. E pontuaram no ataque, algo imprescindível diante de um time tão alto e forte. E seguiram sendo importantes, como nas passagens de Lipe pelo saque e nas viradas de bola de Lucarelli.
Não só os dois merecem destaque. Seleção fez sua melhor atuação nos Jogos. Foi inteligente do início ao fim. A paciência ao atacar, a mesma que faltou diante de Estados Unidos e Itália, sobrou hoje. Não dava para pontuar no primeiro ataque? Sem problemas, pois vinha o segundo, o terceiro... E com maestria o Brasil não encarou os gigantes bloqueadores russos. Cinco pontos para os europeus no fundamento não é nada. Wallace terminou o duelo com 18.
A desconfiança que pairou no ar, neste mesmo Maracanãzinho, na partida de vida ou morte contra a França, na última rodada da primeira fase, não deu as caras desta vez. Como disse o líbero Serginho Escadinha após eliminar a Argentina, o time estava ficando mais cascudo. E mostrou isso claramente.
Rússia eliminada, um gostinho de vingança pelo acontecido na final de Londres-2012. Desta vez não teve coelho da cartola do Vladimir Alekno. Nada de reedição de um Muserskiy. E agora falta o"grand finale". Quarta final consecutiva para a equipe de Bernardinho nos Jogos. Depois de duas pratas seguidas, é hora de repetir 2004. 



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