Em
reunião da bancada nesta quarta-feira (24), o PSDB definiu posição
favorável a que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) atue no
sentido de equilibrar as contas públicas para tirar o Brasil da crise.
Para isso, a legenda entende que é necessária a aprovação de reformas estruturais
no país. Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), é fundamental
fazer com que o governo entenda que é preciso criar um teto para os
gastos públicos.
“Não
adianta o discurso sem a prática. A ficha precisa cair para todos. Não
adianta o PSDB fazer sua parte se os demais partidos da base estão
cedendo às pressões das corporações. O que tem nos causado incômodo é
que o Estado é uma presa das corporações. É necessário que aprovemos a
[Proposta de Emenda à Constituição] PEC 241, que vai limitar os gastos
em função do crescimento da inflação”, explicou.
Rogério
também citou que a aprovação da PEC 241 será de extrema importância
para o ajuste das contas públicas. “Vai permitir que, caso haja aumento
de receita, isso possa ser utilizado para amortizar as dívidas e,
eventualmente, servir de contrapartida para projetos de investimentos. O
Brasil precisa pensar na próxima geração, não na próxima eleição. Esse é
o recado do PSDB. Estamos pedindo ao PMDB que tenhamos uma agenda de
país. Nós estamos dentro do governo, mas o governo não pode ficar
claudicante no sentido de ceder às pressões das corporações para
aumentar salários no momento em que há um déficit de mais de R$ 170
bilhões”, completou.
Segundo
Rogério Marinho, as reformas fiscal, previdenciária, trabalhista e
política são essenciais para que os custos da máquina pública deixem de
aumentar e o país possa avançar. “A economia precisa urgentemente ser
recomposta. Ou nós trabalhamos com austeridade para termos um ajuste
fiscal de verdade, ou teremos dificuldade no futuro de recolocarmos o
país nos trilhos do desenvolvimento, que é a proposta e a agenda do
governo que nós estamos inseridos. O Estado não pode mais continuar
nesse ciclo vicioso que é a nossa realidade atual, que constrange o país
e nos coloca no sentido inverso de desenvolvimento mundial”, concluiu.
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