A
participação do Ministério Público do Rio Grande do Norte como um dos apoiadores
da campanha "Setembro Verde", que busca conscientizar as
pessoas para a importância de se manifestarem como doadores de órgãos, fez com
quem 76 pessoas, dentre membros e servidores da Instituição, participassem da
ação realizada nesta quinta-feira (15), na sede da Procuradoria-Geral de
Justiça, junto com o Instituto do Bem e fizessem sua carteira para
indicar aos familiares a intenção de ser doador. Em alguns dias, as pessoas que
aderiram vão receber a carteira.
O
procurador-geral de Justiça Adjunto, Jovino da Costa Pereira Sobrinho, disse
que já é doador de sangue e que sua esposa e os filhos também são.
"Sabemos a importância de compartilhar essa informação com os parentes,
pois são eles que vão decidir o que fazer no momento mais difícil. Então é
importante conversar a respeito", destacou.
Foi
justamente para informar a família que a servidora Camila Gadelha se interessou
em fazer a carteirinha de doador. "Eu já tinha intenção, mas só com a
campanha despertei para o fato de que meus pais precisavam saber da minha
decisão, fato que já comuniquei", frisou.
O chefe
de gabinete do MPRN, promotor de Justiça Alexandre Frazão, que também já havia
se manifestado como doador no passado, ratiticou a decisão ao requerer a
carteirinha de doador de órgãos. "É um gesto que prolonga a vida de quem
morre e promove a vida para quem recebe o órgão", disse contando que
conhece de perto a realidade de quem necessita de transplante e lembrou de um
parente que já passou por um problema renal e agora outro familiar necessita
passar pelo mesmo tipo de cirurgia.
Outra
servidora que também aderiu à campanha foi Viviane Lopes. "Acho importante
o fato de poder ajudar outras pessoas depois da morte. Lá em casa todo mundo já
sabe da minha vontade de ser doadora e essa carteirinha de doador vai
consolidar isso", destacou.
A
diretora-presidente do Instituto do Bem, Raquel Barbosa, destacou que os entes
do doador sempre se mostram muito felizes por saberem que um ente querido
proporciou a vida das pessoas que receberam seus órgãos. De acordo com a
diretora-presidente do Instituto do Bem, uma pessoa pode ser doadora de até 10
órgãos.
No
entanto, a diretora-presidente do Instituto do Bem, Raquel Barbosa, ressalta
que a carteira é uma declaração sem efeito jurídico. "O ideal é comunicar
a intenção para que, no momento mais difícil, a família já tenha consolidada a
decisão. Esse é o principal ponto de negativa aos transplantes porque muitas
vezes a equipe de captação chega e ninguém está preparado para decidir, pois não
houve uma conversa sobre o assunto", observou.
Os
interessados em fazer a carteirinha e não puderam comparecer à sede do MPRN em
Natal podem fazê-la no site http://institutodobem.org.br/. O procedimento é
preencher os dados e imprimir a carteira.
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