03 junho 2019

Cientistas identificam mecanismo que acelerar o envelhecimento do cérebro

O envelhecimento acelerado do cérebro pode dar origem às características biológicas mais devastadoras do Alzheimer. Ao estudar esse fenômeno, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Van Andel (VARI), nos Estados Unidos, detectaram um mecanismo genético que pode levar à morte celular no cérebro. Segundo eles, o processo é um caminho estratégico para o desenvolvimento de tratamentos mais diretivos contra a doença neurodegenerativa. Detalhes do trabalho foram apresentados recentemente na revista Nature Communications.

Os cientistas focaram a investigação em estruturas chamadas intensificadores. São trechos específicos de DNA considerados peça-chave na compreensão do Alzheimer por aumentarem ou diminuírem a atividade de genes a partir da influência de fatores como envelhecimento e condições ambientais. Os genes contêm instruções para proteínas, responsáveis por realizar as funções biológicas do corpo. Dessa forma, se um intensificador desativa um gene, a proteína para a qual ele codifica não será produzida, gerando consequências.

A partir dessas informações prévias, a equipe americana descobriu que, no processo de envelhecimento normal do cérebro, há perda progressiva de importantes marcas epigenéticas em intensificadores. No órgão de pessoas com Alzheimer, essa perda é acelerada, fazendo com que as células se tornem vulneráveis à doença. “Agora, temos uma melhor compreensão dos fatores moleculares que levam à doença de Alzheimer e podemos alavancar essas informações para desenvolvermos estratégias de tratamento e prevenção melhoradas”, afirma Viviene Labrie, autora sênior do estudo.

CORREIO BRASILIENSE

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