04 novembro 2022

Idoso morre à espera de cirurgia vascular em fila com 300 pessoas

O aposentado José Alves de Souza, 78 anos, faleceu no último sábado (29), vítima de uma infecção generalizada enquanto aguardava uma cirurgia vascular na fila do Hospital da PM. É o que denuncia Joice Caroline, neta de José, que reclama de negligência por parte do Estado. O paciente esperou dois meses pelo atendimento, que não deu tempo de acontecer. Nos últimos três meses, a fila de pacientes aguardando procedimentos vasculares mais que dobrou no RN: passou de 147 para 300 pessoas entre o fim de julho e o início de novembro. O Hospital da PM está operando com sua capacidade máxima de 30 leitos vasculares. O Conselho Regional de Medicina fez críticas à gestão do Governo na área da saúde.

Cirurgia vascular tem sido concentrada no Hospital da PM. Contudo, não há vagas para todos. Conselho de Medicina faz à críticas à gestão do Estado.


A demora no atendimento e a falta de perspectiva de melhora do quadro colocam centenas de pacientes diabéticos em risco elevado de morte e de amputações que poderiam ser evitadas, analisa o cirurgião vascular Gutenberg Gurgel. Ele considera que situação do Estado é gravíssima. “Às vezes as pessoas subdimensionam os pacientes diabéticos, que precisam dessas cirurgias. Há casos em que outros problemas se somam a isso como cardiopatias ou alteração circulatória nas pernas. O poder público não enxerga isso como grave porque às vezes é o pé, é o dedo que está sendo considerado e não a vida do paciente”, detalha.

De maneira geral, os pacientes na fila por problemas vasculares são pessoas com infecções e distúrbios em decorrência da diabetes. Uma das complicações mais comuns é o “pé diabético”. O especialista Gutemberg Gurgel explica que a condição é grave e é também a responsável pela maioria das amputações de dedos, pés e pernas. “Existem vários tipos de graduação. O paciente pode ter uma manchinha escura na ponta do dedo e isso seria uma ponte de entrada de bactéria. E dependendo da infecção, isso pode levar o paciente à morte em 24, 48 horas. É preciso ter uma urgência, o paciente não pode ficar uma semana, meses esperando”, detalha.

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