25 maio 2023

Política Dívida do governo com consignados é de R$ 180 mi

Cerca de R$ 180 milhões é quanto o Governo do Estado deixou de repassar desde agosto de 2022 aos bancos, recursos decorrentes de descontos salariais por conta de empréstimos consignados em folha de pessoal.


Secretário estadual de Administração, Pedro Lopes respondeu aos questionamentos dos deputados.

O secretário estadual de Administração, Pedro Lopes, detalhou a deputados, na  Comissão de Administração, Serviço Público, Trabalho e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, que a dívida chega   R$ 150 milhões somente com o Banco do Brasil, mais R$ 1,6 milhão à  Caixa Econômica Federal (CEF), além de outros recursos a outras instituições financeiras, como o Bradesco, totalizando cerca de R$ 180 milhões. 

Mesmo assim, o secretário informou que o Governo todos os meses faz pagamentos não integrais aos bancos, como em abril, quando repassou R$ 69 milhões descontados da folha de pessoal.

O secretário Pedro Lopes admitiu que o atraso no pagamento das parcelas dos consignados “de fato traz um prejuízo para o servidor, porque não tem acesso a um crédito barato”.

Apesar de o atraso do pagamento irregular dos consignados ocorrerem desde agosto do ano passado, Lopes ponderou que os débitos equivalem a apenas três meses. “Alguém ficaria sem receber, e ficaram os bancos. Se pagasse os bancos, atrasava o servidor. O Governo fez sequência de prioridades, não era desejo atrasar, reconhece dívida, mas não havia como pagar todo mundo pelo fluxo de caixa que caiu a partir de agosto de 2022”, reconheceu.

Pedro Lopes informou que o Governo Fátima Bezerra (PT) está negociando o maior débito com o Banco do Brasil, “e assim como fez em 2019, assina acordo de venda de folha de pessoal, quita o débito e imediatamente os créditos liberados dentro de uma taxa razoável de juros”.

O presidente da Comissão de Administração e Serviços Públicos, deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) chegou a indagar do secretário se a governadora Fátima Bezerra (PT) tinha ciência do problema ou se foi pelo menos informada por Pedro Lopes ou por Aldemir Freire, que até pedir exoneração da Secretaria Estadual do  Planejamento e Finanças (Seplan) para assumir uma diretoria no Banco do Norte, era responsável por coordenar o Comitê de Gestão, órgão consultivo da chefe do Executivo.

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