10 outubro 2023

Médicos cobram pagamento atrasado em reunião com a Secretaria de Saúde

Mais de 60 médicos que prestam serviço nas UTIs dos hospitais Walfredo Gurgel, Maria Alice Fernandes e Santa Catarina podem paralisar as atividades nesta semana em virtude falta de pagamento do governo do estado. A informação é da Cooperativa dos Médicos do RN. Os profissionais ainda aguardam pagamento salarial do mês de junho de 2023 e uma reunião deve ser feita hoje (10) com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) para negociar o pagamento.


Direção do Hospital Walfredo Gurgel explica que superlotação é causada por aumento do número de pacientes do interior

Ainda segundo a cooperativa, todos os contratos com o Governo do Estado estão em atraso. Isto é, profissionais da alta e média complexidade, médicos plantonistas, aqueles que atendem no SAMU, urgência e emergência, além daqueles atendem em UTIs pediátricas. Caso não ocorra o pagamento, a paralisação pode ser feita “a qualquer momento”, pontuou também. 

 Segundo diretor do Walfredo Gurgel, Tadeu Alencar, os médicos cooperados atuam na “porta do hospital”, ou seja, atendendo pacientes que chegam ao local por alguma emergência. Ele assegura, no entanto, que a população não sofreria com a paralisação, mas que os demais profissionais que assumissem a demanda extra ficariam sobrecarregados. 

“Existem os médicos estatutários no Walfredo. Temos 2,8 mil funcionários. Então, quando há alguma dificuldade, os estatutários assumem essa questão. Já aconteceram paralisações e nenhum paciente deixou de ser atendido, apenas fica um pouco mais apertado. Mudaria para os profissionais que teriam que trabalhar mais”, comentou.  O que o diretor não soube informar, no entanto, é a quantidade de serviços que podem ser afetados com a paralisação.

A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a Sesap para obter mais detalhes sobre o valor do débito e possíveis propostas de pagamento, mas recebeu apenas a confirmação da reunião desta terça-feira. 

A ameaça de paralisação dos médicos acontece após um fim de semana caótico no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Segundo o diretor geral do Hospital, o médico Tadeu Alencar, o hospital ficou lotado e precisou transferir pacientes por falta de espaço. Ele assegura, contudo, que a situação foi resolvida e o número de pacientes no local voltou ao total de 360. 

O diretor do Walfredo Gurgel esclarece que a maioria dos casos que chegaram no fim de semana foram de motociclistas acidentados, sob efeito de álcool e que não estavam usando capacete no momento do acidente. Apesar da unidade atender uma alta demanda de várias cidades, ele observa que boa parte dos pacientes eram do interior do Estado. Devido a falta de espaço para abarcar os casos que chegavam, 18 pessoas foram transferidas para o Deoclécio Marques, Hospital Memorial e Hospital João Machado. 

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